Determinada reabertura de inquérito da morte de mãe de Bernardo

Determinada reabertura de inquérito da morte de mãe de Bernardo

Primeira investigação concluiu que Odilaine Uglione se suicidou

Correio do Povo

Primeira investigação concluiu que mãe de Bernardo se suicidou

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O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ/RS) determinou a reabertura do caso da morte de Odilaine Uglione, mãe de do menino Bernardo Boldrini. A decisão é do juiz Marcos Luís Agostini, da 1ª Vara Judicial da Comarca de Três Passos, e atende ao pedido do Ministério Público. A primeira investigação concluiu que Odilaine teria se suicidado, mas as investigações sobre a morte devem ser retomadas.

De acordo com o juiz, “os elementos e fundamentos apresentados são suficientes para reabertura das investigações. Em relação ao pedido de Jussara Marlene Uglione, mãe de Odilaine, para que o Juízo requisite à Chefia de Polícia a designação de Delegado de Polícia e equipe da Região Metropolitana de Porto Alegre para realizar a investigação, o magistrado concluiu que a definição dessa questão é atribuição da própria Polícia Civil.

Novos fatos

A promotora de Justiça Silvia Inês Miron Jappe justificou que os laudos da assistência técnica, confeccionados a pedido de Jussara Uglione, mãe da vítima, trazem novos fatos. Uma terceira pessoa estaria envolvida na confecção da carta suicida onde, em tese, estariam apenas Leandro Boldrini e Odilaine Uglione.

“Diante dos documentos acostados, deve ser realizada a perícia grafodocumentoscópica na referida carta por peritos oficiais, bem como cumpridas as demais diligências requeridas pelo Ministério Público”, afirma o Juiz Marcos Agostini, no despacho.

Entre os pedidos estão a reprodução simulada dos fatos (com a presença de todos os atores da cena, inclusive pacientes que aguardavam atendimento e o próprio Leandro Boldrini, além da secretária), oitiva de testemunhas (pessoas que estavam no consultório, profissionais que prestaram socorro à vítima, peritos), entre outras diligências que deverão ser conduzidas pela autoridade policial.

Caso Bernardo

Bernardo Boldrini, 11 anos, desapareceu em 4 de abril, em Três Passos, e teve o corpo encontrado na noite do dia 14, em Frederico Westphalen, dentro de um saco plástico e enterrado às margens de um rio. Edelvânia Wirganovicz, amiga da madrasta, admitiu o crime e apontou o local onde a criança foi enterrada.

O pai do menino, Leandro Boldrini, a madrasta, Graciele Ugulini, e os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica (apenas Leandro).

A polícia sustenta a tese de que Graciele e Edelvânia executaram o homicídio usando doses do medicamento Midazolan – a madrasta porque entendia que o menino era um “estorvo” para o relacionamento entre ela e Leandro Boldrini, e Edelvânia em troca de dinheiro, para comprar um apartamento. Ainda segundo o inquérito, Boldrini também teve participação na morte fornecendo o medicamento controlado em uma receita assinada por ele, na cor azul. Já Evandro se tornou o quarto réu do caso, pela suspeita de ter ajudado a fazer a cova onde o corpo do menino foi enterrado.


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