Detran admite que mais de dez mil exames deixaram de ocorrer em função da greve

Detran admite que mais de dez mil exames deixaram de ocorrer em função da greve

Categoria paralisou serviços há duas semanas no Estado

Lucas Rivas/Rádio Guaíba

Categoria quer aumento salarial de 26,75% e valorização do plano de carreira

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Em função da greve dos trabalhadores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), mais de dez mil provas teóricas e práticas para emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) deixaram de ser aplicados, em duas semanas de paralisação, no Rio Grande do Sul. Foi o que revelou, nesta segunda-feira, o secretário da Modernização Administrativa e dos Recursos Humanos, Raffaeli di Cameli.

• Servidores do Detran pressionam por negociação com governo

Já o sindicato dos servidores estimou que o prejuízo tenha sido maior, com até 20 mil exames teóricos e práticos cancelados nesse período. Por dia, quase mil testes são protelados, conforme o Detran. A categoria quer aumento salarial de 26,75% e valorização do plano de carreira. Conforme di Cameli, cerca de 500 Centros de Formação de Condutores (CFCs) seguem funcionando, o que ameniza o impacto da paralisação. Mesmo que consiga receber aulas, o candidato a motorista não consegue fazer as provas, em algumas situações.

Para Raffaeli di Cameli, os trabalhadores do Detran fazem greve em um momento “inoportuno”, com impacto da crise financeira em todas as esferas de governo. Além disso, lembrou que os servidores do Departamento não recebem o salário parcelado, ao contrário do que ocorre com os servidores do Executivo. “Não podemos criar uma pequena classe privilegiada dentro deste contexto”, ponderou. O secretário ainda salienta que o salário médio dos trabalhadores gira em torno de R$ 4 mil.

Hoje, ao menos 50 servidores do Detran fizeram mais uma manifestação em frente ao Palácio Piratini, no Centro de Porto Alegre, para pressionar o governo pela continuidade da negociação. O Sindicato dos Funcionários do Detran (Sindet) também estuda a possibilidade de ingressar com uma ação na Justiça, caso o corte de ponto seja confirmado. A adesão ao movimento, conforme o Sindet, é de aproximadamente 85%. Na semana passada, o Detran contabilizou paralisação de mais de 60% dos servidores.

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