Detran rebate acusações de irregularidades em meio a greve de servidores

Através de nota, o Detran do Rio Grande do Sul garantiu, nesta segunda-feira, que os exames práticos de direção “são realizados com a observância das normativas legais”, mesmo em meio à paralisação dos servidores da autarquia, que dura mais de 20 dias. Conforme a autarquia, todas as normas estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro e Resoluções do Conselho Nacional de Trânsito – Contran – estão sendo obedecidas, ao contrário do que denunciou, pela manhã, o sindicato dos servidores do departamento. O Sindet reuniu a imprensa para relatar que provas práticas e teóricas passaram a ser aplicadas de forma irregular, em razão da greve.

Sobre as inconformidades denunciadas em um dos ambientes de aplicação de provas teóricas, no Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff), o órgão garante que ele foi reformado e está apto a receber os exames. Sobre a operação dos serviços, o Detran também rebate problemas: “prestados pelos credenciados ao Detran/RS (CFCs, CRVAs, FPTs, CRDs e CDVs) estão ocorrendo normalmente, bem como a emissão e a entrega de notificações e documentos.” Sobre as provas em atraso, o departamento esclarece que 16.350 exames foram prejudicados em 18 dias de greve, entre teóricos (7.950) e práticos (8,4 mil).

O sindicato sustenta que há inconformidades na realização dos exames, com apenas um examinador, em vez de três. Com isso, além de os resultados poderem ser contestados pelos candidatos, a assessoria jurídica do sindicato também examina a possibilidade de ingressar judicialmente questionando os exames. O presidente do Sindet, Maximilian Gomes, relembrou da operação Rodin que, em 2007, investigou irregularidades nas provas aplicadas por pessoal terceirizado.

Em função disso, os trabalhadores também pedem que não haja desmonte no serviço público na área já que, segundo o sindicato, a terceirização prejudicou o Detran em um dos maiores esquemas de corrupção já desarticulados no Rio Grande do Sul. Os servidores fazem mobilização desde a manhã de hoje, no Caff, para tentar dialogar com o governo. Em função da greve, somente um terço dos exames está sendo aplicados no Rio Grande do Sul, segundo o sindicato.