Dez obras de arte são entregues após revitalização em Porto Alegre

Dez obras de arte são entregues após revitalização em Porto Alegre

Além da restauração, foram instaladas placas de sinalização com o descritivo de cada peça confeccionada por artistas de diferentes países

Felipe Nabinger

publicidade

Área de lazer e prática de exercícios, o Parque Marinha do Brasil também é um ponto de aproximação da arte com a comunidade. Na área conhecida como Jardim das Esculturas, dez obras instaladas na primeira edição Bienal do Mercosul, há 25 anos, foram repaginadas. Elas passaram por um trabalho de recuperação, fruto de parceria entre a Fundação Bienal do Mercosul, Secretaria Municipal de Cultura (SMC) e o Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) e entregues novamente à cidade na manhã desta quinta-feira como um dos presentes pelos 250 anos de Porto Alegre.

“Foi um trabalho maravilhoso. Foram meses de restauração e estamos entregando à comunidade a possibilidade de frequentar o parque e conviver com a obra de artistas tão significativos. É mais uma oportunidade da Bienal do Mercosul trazer essas obras para mais perto do público, pois ninguém ama o que não conhece”, afirma a presidente da 13ª Bienal do Mercosul, Carmen Ferrão. O secretário municipal de Cultura, Gunter Axt, reforça a relevância da entrega para a Capital. “Essas obras muitas delas importantes e valiosas, estavam em processo de degradação e muito assediadas pelo vandalismo. Estamos fazendo um esforço muito grande para recuperá-las, com o reforço da autoestima da cidade”, disse.

Além da restauração, viabilizada por meio de uma verba federal do senador Lasier Martins disponibilizada pelo IBRAM, foram instaladas placas de sinalização com o descritivo de cada peça confeccionada por artistas de diferentes países, como Argentina, Bolívia e Brasil, além dos que nasceram na Europa e foram erradicados artisticamente no Brasil, como é o caso de Xico Stockinger, autor da obra Escultura em Flor. “Elas agora estão identificadas. As pessoas podem saber, por exemplo, que Amilcar de Castro é um grande escultor mineiro com uma contribuição muito importante à cidade de Porto Alegre”, explicou Axt.

Alvo de depredações ao longo dos anos, há uma preocupação com a preservação das esculturas após o restauro. Para isso, tanto o poder público quanto a Fundação Bienal do Mercosul contam com o apoio da população. “O grande desafio é a manutenção. A comunidade tem que despertar a consciência de conservação. Que possam valorizar e ajudar a cuidar pois as obras são de todos nós”, pede Carmen. 

Também estiveram presentes ao evento o presidente da 12ª Bienal do Mercosul Gilberto Schwartsmann, o Coordenador de Artes Visuais da Secretaria da Cultura, Paulo Amaral, o presidente do Conselho Estadual de Cultura, Benhur Bortolotto, o ex-Curador-Chefe no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), José Francisco Alves, o arquiteto responsável pela conservação e manutenção da sede da fundação Iberê Camargo, Lucas Volpatto, e o secretário municipal de Habitação, André Machado.

As dez obras: Cubocor por Aluísio Carvão; Escultura em Aço por Amilcar de Castro; Escultura em Aço por Enio Lommi; Escultura em Aço por Carlos Fajardo; Amuleto para Recibir El Canto de Las Flores por Francine Secretan; Estrutura Linear por Franz Weissmann; Raio por Hernán Dompé; Mangrullos por Julio Pérez Sans; Cono Sur por Ted Carrasco; e Escultura em Flor por Xico Stockinger.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895