Dia de paralisações tem incêndio de pneus e trens parados em Porto Alegre

O dia de paralisações em Porto Alegre registrou nesta sexta-feira manifestações em diversos locais da cidade contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/55 e contra o pacote de medidas para combater a crise no Rio Grande do Sul do governador José Ivo Sartori. Logo no começo do dia, estudantes se reuniram em frente ao Campus do Vale da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e incendiaram pneus na avenida Bento Gonçalves. A manhã também foi marcada pela não circulação de trens da Trensurb. 

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A manifestação de pelo menos 200 estudantes, mobilizados contra a PEC, interrompeu o trânsito em frente à universidade e obrigou o acionamento do Pelotão de Operações Especiais (POE) e do Corpo de Bombeiros devido à queima de pneus. O protesto só foi dispersado depois que o fogo foi controlado, por volta das 7h. O congestionamento chegou até a parada 32 de Viamão. 



Próxima a outra universidade, a Pontifício Universidade Católica (PUC), um segundo grupo de estudantes bloqueou totalmente a avenida Ipiranga no sentido Centro-bairro. Com faixas, alunos defenderam as ocupações de diversas faculdades da própria PUC e da Ufrgs. A manifestação também mobilização o POE, que conseguiu liberar a via depois de uma hora. 

Mais tarde, manifestantes ligados às centrais sindicais ocuparam a avenida Paulo Gama com Osvaldo Aranha para protestar contra o ajuste do governo Sartori. O grupo seguiu em caminhada até a avenida Paulo Gama com Sarmento Leite e fez um bloqueio em frente à Ufrgs, mais próximo do Centro. O Batalhão de Operações Especiais (BOE) foi acionado e liberou a via. 

Um grupo menor de sindicalistas iniciou manifestação com badeiras em frente à Rodoviária e percorreu a avenida Mauá por volta das 9h. 

Paralisação na Trensurb prejudica usuários 

Desde as primeiras horas do dia de hoje, as estações da Trensurb estavam fechadas em função da paralisação dos metroviários, anunciada ainda nessa quinta-feira. Conforme a empresa, a situação evidenciou o descumprimento do acordo assinado com Ministério Público do Trabalho pelo sindicato da categoria.

As estações só foram abertas às 8h30min e os usuários, que aguardavam a liberação, encontraram as catracas liberadas para passar. Às 10h, a Trensurb parou de circular e só deve voltar a funcionar a partir das 17h30min.