Dia do Coração Fetal realiza ecocardiograma no Instituto do Coração

Dia do Coração Fetal realiza ecocardiograma no Instituto do Coração

Campanha recebe centenas de gestantes acima do quinto mês gratuitamente para exame

Correio do Povo

Cerca de 5% gestantes atendidas no dia costumam apresentar cardiopatias nos bebês

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O Instituto de Cardiologia de Porto Alegre (IC) promove neste sábado o “Dia F-Dia do Coração Fetal” com o objetivo de realizar gratuitamente o ecocardiograma fetal nas gestantes visando a detecção ou não de alterações cardiológicas no bebê ainda na barriga da mãe. Centenas de gestantes acima do quinto mês, muitas vindas de outras cidades, podem comparecer até às 18h deste sábado na instituição situada na avenida Princesa Isabel, no bairro Santana.

O Dia F mobiliza em torno de 40 profissionais que formaram uma equipe multidisciplinar. Trata-se da 21ª edição do evento coordenado pelo chefe da Unidade de Cardiologia Fetal do IC, médico Paulo Zielinsky. “O número de alterações cardiológicas não é pequeno”, advertiu, citando que em média 5% das gestantes atendidas no Dia F costumam apresentar cardiopatias nos bebês, como alterações no ritmo ou músculo cardíaco, problemas estruturais e anatômicos no coração, entre outros.

“Não mais do 10% de todas as cardiopatias fetais têm um fator de risco”, observou. Isso significa dizer, assinalou o médico, que mais 90% dos problemas ocorrem sem nenhum risco como histórico familiar de alteração cardíaca, diabete materna, uso de medicação, infecções na gestação e anomalia genética, além do uso de cigarro, álcool e drogas. “Por isso que tem de se fazer ecocardiograma fetal em todas as gestantes”, justificou.

Conforme o médico Paulo Zielinsky, as mães que tiveram resultado positivo são imediatamente atendidas, inclusive psicologicamente. “Quando detectamos alguma coisa, elas entram no nosso protocolo de atendimento rotineiro e fazemos todo o acompanhamento”, explicou. As gestantes recebem também orientações nutricionais. “O tratamento é feito depois que o nenê nasce, mas em algumas situações faz intervenção ultra-uterina. É muito melhor detectar antes do que quando nasce e já está com sintomas”, esclareceu.


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