Dia do Trabalhador em Porto Alegre é marcado por atos contra a terceirização

Dia do Trabalhador em Porto Alegre é marcado por atos contra a terceirização

Público compareceu ao evento organizado na Usina do Gasômetro

Jéssica Mello

Público compareceu ao evento organizado na Usina do Gasômetro

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O Dia do Trabalhador foi celebrado com grande público na Usina do Gasômetro durante a tarde desta sexta-feira. Para os organizadores, foi o maior ato dos últimos anos com participação da população. A atividade contou com a presença de diversas entidades representativas e movimentos sociais que puderam dialogar com a população, principalmente, sobre o projeto de lei 4330, da terceirização, que tramita no Senado. Entre as apresentações musicais, líderes de diversos grupos falavam sobre os direitos dos trabalhadores, o desenvolvimento e o respeito às diversidades.

O momento também serviu para que as entidades dialogassem sobre o dia 29 de maio, que será de greves e manifestações nacionais. Os representantes deixaram claro que novos atos serão organizador contra o PL 4330. “Essa medida vem precarizar os direitos dos trabalhadores. É um momento de grande preocupação, mas acreditamos que conseguiremos reverter a situação no Senado”, diz o vice-presidente nacional da Central dos Trabalhadores e trabalhadoras do Brasil (CTB), Vicente Selistre.

“Ficamos surpresos com a adesão da população. Atingimos nosso objetivo, pois muitas pessoas estão tomando conhecimento sobre o PL das Terceirizações”, comemora o presidente da Central Única dos Trabalhadores no Estado (CUT-RS), Claudir Nespolo, que estimou a passagem de cerca de 15 mil pessoas pelo evento. “A classe trabalhadora luta agora pela preservação dos direitos e segue reivindicando pautas histórias, pois os avanços que tivemos nos últimos anos ainda estão aquém do que é preciso”, afirma Selistre.

Durante a atividade, houve a participação de políticos, entre eles do senador Paulo Paim que anunciou que conseguiu a assinatura de 30 senadores que irão votar contra a regulamentação da terceirização para a atividade fim. O anúncio foi comemorado pelos presentes. “O resultado que tivemos na Câmara deixa claro que os deputados defenderam os interesses dos empresários. Por isso, pedimos também uma reforma política para que seja proibido o financiamento empresarial nas campanhas”, afirmou Nespolo.

Participaram representantes Centro dos Professores do RS (Cpers), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro), Sindicato dos Metalúrgicos, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Força Sindical
A Força Sindical do Rio Grande do Sul promoveu atividade na Praça México, localizada no bairro Leopoldina, na zona Norte da Capital. O evento, que iniciou às 14h, foi destinado ao trabalhador e às famílias, com brinquedos infláveis, shows, área de recreação, informações para aposentados, orientação de saúde bucal e esclarecimentos sobre questões jurídicas.  A ideia dos organizadores era a aproximação com os trabalhadores a partir de atividades de descontração e conversas em pequenos grupos sobre a luta dos direitos e sobre a lei da terceirização.

CTB
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS) fez uma caminhada do Largo Zumbi dos Palmares, na Cidade Baixa, até a Usina do Gasômetro no início da tarde. Chegando ao local eles queimaram fotos de todos os deputados federais que votaram a favor do PL 4330 e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Depois o grupo seguiu pela avenida Loureiro da Silva até a beira do Guaíba. O ato juntou cerca de 400 pessoas, acompanhadas por um caminhão de som, e causou lentidão no trânsito.


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