Dilma assume presidência da Rio+20 e aposta no sucesso da conferência

Dilma assume presidência da Rio+20 e aposta no sucesso da conferência

Abertura oficial da conferência está marcada para as 16h

Agência Brasil

Ao lado de Ban Ki-moon, Dilma assumiu a presidência da Rio+20

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Ao assumir nesta quarta a presidência da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente, a Rio+20, a presidente Dilma Rousseff reconheceu que há desafios a enfrentar, mas disse que o Brasil e o mundo têm condições de vencer as dificuldades e promover o desenvolvimento sustentável. “O compromisso é complexo e urgente da agenda do desenvolvimento sustentável. Não tenho dúvidas de que estamos à altura dos desafios que nos impõem”, disse.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, reiterou ainda que é necessário confiar e fazer um esforço conjunto para implementação do documento final que será anunciado no encerramento da reunião de cúpula , no dia 22. Segundo ele, é necessário “lutar contra o relógio” para construir um planeta sustentável. “estamos diante de um acordo histórico. A Rio+20 não é o fim, é o começo”, disse.

A abertura oficial da conferência está marcada para as 16h, com discursos de Dilma e Ki-moon. Outros líderes presentes no evento, como François Hollande (França) e Fernando Lugo (Paraguai), também poderão discursar por cinco minutos.

Esforço conjunto

Na abertura oficial da Conferência das Nações Unidas, Rio+20, Dilma Rousseff deve defender a necessidade de um esforço conjunto para garantir um planeta sustentável. No discurso, ela pretende destacar os avanços obtidos no texto do documento da conferência, no qual o desenvolvimento sustentável deve ocorrer por meio da erradição da pobreza e a inclusão social.

Dilma irá ressaltar a necessidade de se pensar nas gerações futuras. Ela pretende dar um tom conciliador eliminando a sensação de que as divergências causadas pela falta de acordo em relação a temas-chave prevaleceram nas negociações dos últimos dias.

A presidente pretende reiterar que o documento final foi o consenso possível. Nessa terça, no México, Dilma respondeu às críticas sobre a ausência de vários pontos notexto, como queriam as nações em desenvolvimento e os movimentos sociais, tais como a criação de um fundo para o desenvolvimento sustentável e a transformação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) em órgão autônomo. Para a presidente, é necessário entender a aprovação do rascunho do texto final como uma vitória.

“Temos que comemorar, sim, como uma vitória do Brasil, ter conseguido aprovar um documento que seja um documento oficial entre os diferentes países, contemplando posições distintas”, disse, depois da reunião de Cúpula do G20 (países com as maiores economias do mundo), em Los Cabos, no México.

Na abertura da Rio+20, deverão estar presentes cerca de 100 chefes de Estado e Governo. Pelo menos 50 têm direito a discursar, por cerca de cinco a dez minutos. Pelo modelo de reuniões anteriores, os presidentes, vice-presidentes, primeiros-ministros e vice-primeiros-ministros fazem uma espécie de balanço sobre o que seus países avançaram na área de desenvolvimento sustentável.

Um dos discursos mais esperados, de acordo com os negociadores, é o do presidente da França, François Hollande. No cargo há cerca de um mês, Hollande deve fazer um discurso oposto ao do seu antecessor, Nicolas Sarkozy. O atual presidente francês é defensor das questões ambientais e do desenvolvimento sustentável.

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