Diretor técnico do GHC vê “lotação cada vez maior” dos leitos

Diretor técnico do GHC vê “lotação cada vez maior” dos leitos

Aumento na demanda desde o início do mês já fez Hospital Conceição remanejar leitos para atendimento de pacientes com Covid-19

Jessica Hübler

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O diretor técnico do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Francisco Paz, afirmou que nos últimos 15 dias foi observado um aumento considerável da demanda, principalmente com relação aos pacientes da Covid-19. Desde o início de junho, a Capital vem batendo recordes na ocupação de leitos de UTI por pacientes portadores ou suspeitos de terem se contaminado com o novo coronavírus. 

“Estamos com uma lotação cada vez maior dos nossos leitos de UTI e nos leitos de enfermaria também, além de termos verificado uma procura maior no nosso centro de triagem e nos postos de saúde comunitária, chegarmos a ter um aumento de 130% de procura por pacientes com síndromes gripais”, afirmou, referindo-se ao Hospital Nossa Senhora da Conceição. Com relação aos pacientes do novo coronavírus, especificamente, Paz ressaltou que o GHC estava mantendo o que considerava como um “bom indicador” com uma média de 60% de ocupação por esses pacientes, mas agora o GHC já trabalha com algo em torno de 90%.

“Inevitavelmente houve um aumento da demanda, o que nos obrigou inclusive a aumentar o número de leitos destinados para atendimento da Covid-19, estamos transformando uma das nossas UTIs para atender a esses pacientes”, declarou. Os chamados “leitos covid”, conforme Paz, são boxes fechados, individuais e em ambientes fechados, dentro dos quais trabalham equipes totalmente paramentadas e seguras. “Como o hospital tem uma demanda de outras questões como pacientes com câncer, pós-operatório ou outras situações clínicas e essas pessoas também precisam de UTI, é necessário que façamos essas divisões”, detalhou.

O Hospital Nossa Senhora da Conceição, conforme Paz, hoje tem 75 leitos de UTI, sendo 29 direcionados para atendimento de pacientes com diagnóstico positivo para Covid-19. Agora o GHC deve direcionar mais 15 leitos do Hospital Cristo Redentor, para o atendimento específico. “Com isso a gente consegue manter uma dinâmica equilibrada de atendimento, não tivemos em nenhum momento 100% de lotação, sempre sobra leito e queremos manter essa situação. A impressão que temos é que esse aumento deve durar ainda alguns dias, talvez duas ou três semanas e depois temos a expectativa que volte a reduzir, passando os dias mais frios”, comentou.


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