Dirigente do Conceição espera que abertura de hospitais da Ulbra desafogue emergências
Instituição atendia, na manhã de hoje, mais do que o dobro da capacidade
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Depois de muitos meses, o Hospital de Clínicas conseguiu iniciar um dia com menos de 100 pacientes a espera de leitos nas enfermarias. Nesta segunda-feira, o Serviço de Emergência operava com o dobro de sua capacidade: tinha 98 pacientes agrupados em área ideal para 49. Já no São Lucas, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs), que dispõe de 15 leitos de observação conveniados ao SUS, mantinha outros 33 enfermos em atendimento.
A enfermeira-chefe do Serviço de Emergência do Clínicas, Lurdes Busin, destacou que 15% dos pacientes abrigados na instituição são oriundos do interior. “São portadores de doenças crônicas que chegam ao Clínicas em condições precárias, depois de agonizarem em suas cidades”, observou. Lurdes defende a necessidade de que as prefeituras invistam na criação de leitos de internação clínica e qualifiquem as unidades de atenção básica.
No Complexo Hospitalar Santa Casa, a superlotação atingia as duas unidades destinadas ao recebimento de adultos enfermos. A ala que concentra os tratamentos custeados pelo SUS, no Santa Clara, tinha amontoados 31 pacientes em espaço destinado para oito. A unidade que atende outros convênios e consultas particulares abrigava 14 pessoas no Hospital Dom Vicente Scherer, com registro de quatro excedentes.
Enquanto isso, no Beneficência Portuguesa, a movimentação é em função das internações. Alguns dos 79 leitos do SUS, liberados com atraso na sexta-feira, já foram ocupados por pacientes clínicos e de Neurologia. A expectativa maior é para esta terça-feira, quando o Setor de Traumatologia retomará os atendimentos à população. Os dirigentes dos hospitais fazem um apelo para que apenas os enfermos com risco de morte sejam encaminhados para atendimento.