Divina Providência comemora o Dia do Doador de Sangue com ação para doadores em Porto Alegre

Divina Providência comemora o Dia do Doador de Sangue com ação para doadores em Porto Alegre

Camisas da campanha "Doar para salvar vidas" foram entregues aos primeiros cinco voluntário que estiveram no Hospital

Cláudio Isaías

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Como parte do Dia Nacional do Doador de Sangue, comemorado nesta quinta-feira, o Hospital Divina Providência realizou uma ação especial  para os doadores voluntários. O banco de sangue da instituição de saúde realizou a entrega de cinco camisas da campanha "Doar para salvar vidas" para as cinco primeiras pessoas que foram na manhã desta quinta-feira até o hospital realizar o gesto de solidariedade. Além disso, eles receberam um lanche especial e tiveram a sua foto colocada em um painel especial organizado pela instituição de saúde. As cinco pessoas que forem à tarde doar sangue também receberão as camisas da campanha. 

A supervisora do banco de sangue do Hospital Divina Providência, Aline de Souza Mazur, disse que durante toda a pandemia ocorreu um decréscimo das doações de sangue. "O estoque permanece sempre baixo e em alguns momentos fica um pouco melhor. Mas, tudo é muito imprevisível", ressaltou. Segundo ela, está tendo uma reposição dos estoques através das doações de reposição que não é a ideal. "O melhor é que a pessoa venha de maneira espontânea doar o sangue. Queremos fidelizar esse doador ", explicou. Conforme Aline de Souza, antes da pandemia da Covid-19, a média de doações no hospital era de 250 a 300 doações por mês. Hoje, está perto de 100 doadores. 

A supervisora do banco de sangue disse que o hospital necessita de todos os tipos de sangue. As doações no banco de sangue do Hospital Divina Providência podem ser feitas de segunda a sexta-feira das 7h às 17h, e no sábado das 8h às 12h. Não é necessário agendamento. "As pessoas precisam ter a cultura de doação de sangue e os estoques vão estar sempre em dia", acrescentou. Segundo Aline de Souza, a iniciativa tem como foco atrair novos doadores voluntários, e não os doadores de reposição - aqueles que fazem doação para um determinado paciente. "Conseguimos repor com doadores de reposição, mas não é o ideal, pois necessitamos de mais voluntários, que estão escassos. Está muito fraco o movimento”, explicou. 

Queda nas doações 

De acordo com a supervisora, as doações caíram de 30% a 40% em 2021. Ela explica que a procura é sazonal, e que os dois últimos meses estão apresentando registros muito baixos de doação: até setembro, registrou-se média de 200 a 250 doações por mês. Em outubro, foram apenas 113 e, em novembro, foram menos de 80 até o dia 23. “Estamos fazendo transfusão de pacientes que precisam de plaquetas. A dificuldade é que os doadores acabam vindo de tarde e acabamos não conseguindo produzir as plaquetas. Por isso, pedimos que, se possível, venham no período da manhã”, destacou. 

Para doar, a pessoa precisa estar com boas condições de saúde, alimentada, ter entre 16 e 69 anos, pesar no mínimo 50 quilos, apresentar documento de identidade com foto, não ter ingerido bebida alcoólica, não ter fumado no mínimo duas horas antes e ter dormido pelo menos seis horas antes da doação. No Rio Grande do Sul, apenas 2,4% da população é doadora de sangue, enquanto no Brasil o percentual é de 1,8%, conforme dados do Ministério da Saúde. O sangue doado é separado em diferentes componentes (hemácias, plaquetas, plasma e outros) o que poderá beneficiar mais de um paciente com apenas uma unidade coletada. 

Os componentes são utilizados para atendimentos de urgência e realização de cirurgias eletivas nos hospitais e o tratamento de pessoas com doenças crônicas. Os homens podem doar quatro vezes ao ano com um intervalo de no mínimo 60 dias. Já as mulheres poderão realizar a doação de sangue três vezes ao ano com um intervalo de 90 dias. Segundo o Ministério da Saúde, uma pessoa adulta tem, em média, cinco litros de sangue. Em cada doação, o máximo de sangue retirado é de 450 ml. 

O doador não pode estar gripado, nem ter enfrentado uma gripe nos últimos sete dias, nunca ter contraído hepatite, malária ou doença de Chagas; não ser portador do vírus HIV e do HTLV. As mulheres não podem estar grávidas, nem ter tido aborto nos últimos três meses e não podem estar amamentando. Os doadores não podem ter realizado tratamento dentário nos últimos sete dias; não ter feito tatuagem nos últimos 12 meses; e não ter ingerido bebida alcoólica no dia da doação e nem ter bebido excessivamente nas últimas 24 horas.


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