Dmae finaliza conserto de estações e abastecimento de água deve normalizar em Porto Alegre

Dmae finaliza conserto de estações e abastecimento de água deve normalizar em Porto Alegre

Moradores da região do bairro São José passaram por dificuldades por conta da falta d'água

Taís Teixeira

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A Estação de Bombeamento de Água Tratada (Ebat) São José II, no bairro São José, recebeu nesta quarta-feira a instalação de dois novos grupos motor-bomba. Segundo o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), os técnicos finalizaram o serviço por volta das 6h. Com isto, os bombeamentos foram retomados e os reservatórios passaram a encher novamente. A previsão é de que os moradores do entorno da Estação deveriam notar o retorno da água ainda pela manhã, seguindo para toda a região até madrugada nos pontos mais altos da rede de distribuição do Partenon, Coronel Aparício Borges, São José, São José Comunitária e Vila João Pessoa.

Ainda pela manhã, a água não tinha retornado para abastecer as casas e os comércios locais do bairro São José. A dona de casa Jéssica Müller olhava preocupada para a pilha de roupas no tanque. Com dois filhos, 4 e 8 anos, o volume de peças sujas cresce a cada dia. O chuveiro não tem uma gota e o banho tem sido de balde. A escolha do preparo do almoço é o que seja mais rápido e não exija muito consumo de água.  Na pia da cozinha, não cabia mais uma louça. “Estamos desde domingo sem água, comprando galões para consumir”, contou. 

Esse não foi o único gasto da família, que tem seu sustento do trabalho do marido. “Gastamos R$ 320 com um reservatório para acumular água da chuva”, contou. A pancada da chuva que caiu hoje que forneceu a água que foi usada para dar a descarga no banheiro.  A dona de casa, moradora da região há 30 anos, contou que é normal faltar água no verão, mas não em tantos dias seguidos. “De 10 dias, em torno de três falta água, mas é em dias alternados, aí a gente sente menos”, contou, acostumada com a situação. 

Aumento na venda de água

Mais para cima, na Travessa Santa Tereza, beco 1, do bairro São José, o proprietário de um mercado local, Eder Leite Corrêa, está cuidando da limpeza do local com água trazida da residência. Já a venda de água saltou nos últimos dias. “Eu estou até perdendo dinheiro porque vendi toda a água que eu tinha  e só vou conseguir fazer reposição de noite”, comentou. Corrêa acha que a água chegaria ontem à noite até o local, caso o abastecimento se normalizasse. ”Aqui sempre demora mais para chegar”, explicou.

Da mesma forma que Corrêa, o proprietário de mercado vizinho, Eliseu Matos de Araújo, salientou que estava puxando água da própria residência para o mercado. A água também era o item mais procurado. “Está saindo direto”, comentou. Araújo disse ainda que na segunda-feira de noite, pelas 11h30, chegou um caminhão-pipa com água, mas que muitas pessoas estavam dormindo e não viram. “Muita gente pegou água, mas muita gente também não”, evidenciou.

O diretor-geral, Alexandre Garcia, relatou que era impossível prever que isso ocorreria, já que foi uma consequência de um temporal. “O Dmae concentrou todos os esforços na solução mais rápida possível para voltar a atender a população", afirmou. Enquanto o abastecimento estiver em processo de normalização, caminhões-pipa continuarão sendo enviados a pontos que serão definidos em conjunto com a Subprefeitura do Partenon. 


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