Dmae inicia a substituição de redes de abastecimento de água no Centro Histórico de Porto Alegre

Dmae inicia a substituição de redes de abastecimento de água no Centro Histórico de Porto Alegre

Funcionários começam escavação para implantar 22 metros de rede e instalação de registros e entroncamentos

Felipe Samuel

Substituição da rede ocorre na rua Otávio Rocha, esquina com a Vigário José Inácio e Doutor Flores

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O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) começou nesta quarta-feira a substituição de 4,5 mil metros de redes de abastecimento de água na rua Otávio Rocha, esquina com a rua Vigário José Inácio e esquina com a rua Dr. Flores. As trocas das tubulações de ferro fundido - instaladas nos anos 1970 - por redes polietileno de alta densidade (PEAD) fazem parte das obras de revitalização do Quadrilátero Central. O PEAD é composto por material mais leve e tecnologicamente mais desenvolvido, o que melhora a distribuição de água. 

Para implantar a nova rede, iniciaram a escavação para implantar 22 metros de rede e instalação de registros e entroncamentos. O diretor-geral da Dmae, Alexandre Garcia, explica que a tubulação antiga tem mais de 50 anos e já está com a vida útil comprometida. "Já estava na hora de ter que ser feita a substituição, mas como é uma área muito sensível do município a gente compatibilizou junto com a obra de revitalização do Quadrilátero Central", destaca. Conforme Garcia, o início da obra ocorreu de maneira satisfatória e no horário previsto, com a limpeza da rede.

O objetivo é concluir os novos entroncamentos e liberar para a obra da revitalização. No primeiro dia de trabalho, Garcia afirma que algumas pessoas podem notar hidrantes vazando ou fuga de água. "Isso serve pra gente secar a rede e tirar a água da rede para que a gente consiga fazer o serviço da forma mais rápida possível", justifica. "Não é desperdício da água", completa. Como os serviços de revitalização terão continuidade na região, ele observa que os buracos serão fechados "sem acabamento". Isso porque logo em seguida vai iniciar a obra da revitalização", destaca. 

A ideia é evitar colocar um material mais nobre, como um piso com custo mais elevado, para depois ser novamente retirado. "Vamos tapar o buraco no sentido de não deixar nenhum obstáculo na calçada, tendo o menor custo possível", frisa. Garcia frisa que em alguns momentos os pedestres podem perceber uma mangueira azul "saindo debaixo da terra" em local por onde passou a rede. "Quando aquela rede estiver limpa, lavada e tiver água, a gente vai ligar aquela mangueira azul, que é o nosso ramal de água que liga nas casas. No final da obra, toda vez que a gente terminar um tramo, que a gente chama de terminar um lote de rede, a gente precisa lavar porque a rede vem suja. É uma rede que está sendo trabalhada e a gente precisa desinfectar com água tratada", explica. 

Segundo Garcia, a substituição da rede vai permitir de setores menores, com até quatro quadras. Toda vez que o Dmae registrar problemas, o desabastecimento na região afetará menor número de residências. "Hoje o Centro é praticamente um setor inteiro. A gente vai reduzir as redes de setorização, que ajudam no controle de perdas e nas futuras manutenções", afirma. Ele reforça que o grupo trabalha numa área de interesse cultural sensível. Por conta disso, a obra tem acompanhamento de um profissional de arqueologia. 

Entre as áreas que podem ter sido afetadas por desabastecimentos durante os trabalhos desta quarta-feira estão os bairros Bom Fim, Centro Histórico, Floresta e Independência. As obras têm investimento de R$ 2,8 milhões, com recursos próprios do Município, e beneficiarão cerca de 25 mil moradores do Centro Histórico. O prazo de execução é até abril de 2023.


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