DMLU amplia coleta seletiva do lixo em Porto Alegre

Ao completar 25 anos de coleta seletiva do lixo, a prefeitura de Porto Alegre anunciou a ampliação do serviço. Serão mais dias de recolhimento dos materiais recicláveis e também haverá alteração de rotas e renovação de toda a frota a partir do dia 26 de agosto, quando começa o novo contrato com a empresa responsável pelo serviço, a Cotravipa. A campanha ReciclaPOA foi lançada nesta terça-feira e a ideia é incentivar e melhorar a separação de resíduos na fonte pelos moradores da cidade. Para o diretor-geral do DMLU, André Carús, sem a ajuda da população, não adianta o serviço ser qualificado.

Apenas 3% de todos os resíduos produzidos em Porto Alegre são efetivamente reciclados. São cerca de 100 toneladas distribuídas em 19 unidades de Triagem. Isso gera emprego e renda para cerca de 800 pessoas. Os trabalhadores fazem a separação de plásticos, papel, embalagens longa vida, vidro e garrafas plásticas. Depois, esses objetos são prensados e agrupados em fardos. Tudo é negociado autonomamente. A estimativa é de que seriam 320 toneladas diárias se todos os cidadãos separassem corretamente.

O sistema implantado em 1990 foi aperfeiçoado pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) ao longo do tempo e já é referência na América Latina. Atualmente atende todos os bairros da Capital, duas vezes por semana. No Centro Histórico, a frequência é três vezes por semana. A partir do dia 26, o atendimento passará a ser em 100% das ruas, com exceção de becos e vielas em que os caminhões não passam. Em alguns locais, a coleta passará de duas para três vezes por semana.

Além de auxiliar na geração de emprego e renda, separar o lixo significa contribuir com a preservação do meio ambiente. A reciclagem aumenta a vida útil dos aterros sanitários, já que diminui a quantidade de resíduos a serem dispostos; economiza recursos naturais; reduz o consumo de energia; e retira do lixo materiais que levariam muitos anos para se decompor.