Dragagem já removeu 60 metros cúbicos de materiais do Arroio Dilúvio, em Porto Alegre

Dragagem já removeu 60 metros cúbicos de materiais do Arroio Dilúvio, em Porto Alegre

Dmae estima remover 250 mil metros cúbicos de resíduos somente no primeiro ano de contrato

Felipe Faleiro

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Iniciou, na última segunda-feira, o serviço de dragagem da bacia do Arroio Dilúvio, em Porto Alegre, primeiramente em dois pontos: na bacia de detenção do Parque Marinha do Brasil, junto a Casa de Bombas nº 12, e na Avenida Ipiranga, entre as avenidas Salvador França e Cristiano Fischer. Conforme o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), já foram removidos 60 metros cúbicos de materiais, equivalente a 60 mil litros. O Dmae estima remover 250 mil metros cúbicos de resíduos somente no primeiro ano de contrato, que é de cerca de R$ 9 milhões e pode ser renovado por até cinco anos. 

Os trabalhos em questão abrangem uma população de cerca de 450 mil habitantes, segundo a Prefeitura, mais cinco arroios, reservatórios e bacias de amortecimento nas zonas leste e central de Porto Alegre. “É de suma importância para nós fazer esta limpeza, porque ajuda no escoamento das águas da chuva, especialmente nas áreas em que há muito volume de areia e árvores. O desempenho de recolhimento no primeiro dia foi muito bom, mas não foi surpresa para nós a quantidade de resíduos que encontramos ali”, afirma o diretor-geral do Dmae, Alexandre Garcia.

O mais recente desassoreamento foi executado pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb) entre 2018 e 2019, em três trechos, de onde foram removidas 23 toneladas de resíduos. Em 2019, o Dmae incorporou os serviços pluviais, seguindo com o processo. No final de 2020, no entanto, o contrato com a empresa FF Maraskin foi encerrado de forma unilateral, pela má prestação do serviço. 

Desta vez, o consórcio Suldrag é o responsável pela execução, e já na segunda-feira, removeu diversos pneus, uma bicicleta, garrafas PET, sacolas plásticas, um carrinho de supermercado e inclusive um pedaço de máquina de lavar, descartados de maneira indevida. Conforme a Prefeitura, os trabalhos nos locais ocorrem das 8 às 16 horas, com bloqueios parciais de um terço da pista junto ao arroio, com sinalização do trânsito pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Das 20 às 6 horas, os serviços serão de transporte do material removido até o destino final. 

Os serviços iniciariam pela foz do arroio, ao lado do anfiteatro Pôr do Sol. A área chegou a ser cercada para a criação do canteiro de obras, mas os serviços foram suspensos pela presença de cágados na região. O diretor-geral pede o apoio da população para que haja consciência do descarte correto de resíduos. “Isto vai além de gerar melhor escoamento da água, mas também uma cidade mais limpa e economia dos recursos públicos. Nos possibilita ter mais soluções e não gastando duas vezes, primeiro com a coleta e depois com a limpeza dentro do Dilúvio”, comenta ele.


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