Dupla acusada por acidente na Estrada do Mar não fez bafômetro
Polícia busca saber se hospital realizou teste que possa indicar se houve consumo de álcool
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A investigação já encaminhou ofício ao hospital de Capão da Canoa para apurar se houve coleta de sangue e se foi realizado algum exame que possa indicar a presença de álcool no corpo dos dois. O policial lembrou que ninguém é obrigado a fazer o teste.
O delegado acrescentou que, enquanto espera a manifestação da direção do Santa Luzia, ouve policiais do Comando Rodoviário da Brigada Militar que trabalharam no acidente, em Xangri-lá, e médicos que atenderam a dupla. O objetivo é buscar testemunhos que possam comprovar o consumo de bebida alcoólica. Gomes disse ser cedo para avaliar se a falta do teste vai prejudicar o processo judicial.
O Ministério Público do Estado (MP) protocolou, na tarde desta quarta-feira, no judiciário em Capão da Canoa, o recurso contra a decisão do juiz Ademar Nozari, que colocou em liberdade a dupla. Os dois foram presos em flagrante, hospitalizados após o acidente e tiveram alta na manhã desta quinta. O prazo é de dois dias para que a defesa apresente as razões que justifiquem mantê-los soltos. O recurso vai ser analisado pelo próprio juiz antes de ser protocolado no Tribunal de Justiça. O magistrado ainda pode mudar a decisão pela soltura. Nessa hipótese, a prisão é autorizada e o procedimento nem sequer segue ao TJ.
A modelo conduzia o Vectra de Paulo Afonso. O carro bateu no Prisma conduzido pela professora de dança Alaíde da Silva Linck, de 28 anos, que morreu no acidente. O Prisma capotou sobre o táxi Corsa guiado por Ivo Ferrazo, de 63 anos, que também morreu na colisão. Uma sobrevivente, Carine Bueno, de 25 anos, segue internada no Hospital Santa Luzia, em Capão da Canoa, em estado grave.