Easy busca motoristas para serviço de carro particular em Porto Alegre

Easy busca motoristas para serviço de carro particular em Porto Alegre

Presidente do Sintáxi critica a chegada da plataforma e fala em profissionais sem qualificação

Jessica Hübler

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O aplicativo "Easy" (antigo EasyTaxi) busca motoristas para atuarem no “EasyGo”, um novo serviço de carros particulares com motoristas privados. A ferramenta foi lançada recentemente em São Paulo e agora a empresa pretende expandir os negócios para Porto Alegre e Rio de Janeiro. Assim como os outros aplicativos de transporte, no EasyGo o motorista pode fazer seu próprio horário de trabalho conforme suas necessidades e interesses. O diferencial desta plataforma é que os motoristas poderão receber formas de pagamento diversificadas: dinheiro, cartão de crédito ou débito direto na máquina de cartões disponível no veículo ou cartão de crédito cadastrado no aplicativo. A empresa ainda reforçou que a taxa a ser repassada pelo motorista para o aplicativo será menor em comparação aos concorrentes.

“Com o EasyGo diversificamos o nosso leque de serviços aos usuários de Porto Alegre, que já contam com táxis comuns, corridas compartilhadas e em breve nossos carros privados", explicou o diretor-geral Brasil Easy, Fernando Matias. Neste momento estão apenas em fase de cadastramento de motoristas na Capital, mas em breve o serviço será lançado para passageiros.

A organização foi fundada em 2011 no Rio de Janeiro como Easy Táxi e, desde então, tem expandido os negócios para cobrir mais de 400 cidades. Em julho de 2016, a empresa reposicionou sua marca, e mudou de Easy Taxi para “Easy” apresentando a sua nova promessa de marca de serviços de mobilidade urbana de qualidade com preço acessível.

De acordo o presidente do Sindicato dos Taxistas de Porto Alegre (Sintáxi), Luiz Nozari, se este tipo de serviço continuar a ser vendido como benéfico para a população, a profissão “taxista” vai acabar.

“Quem leva lucro com isso são os aplicativos, mas não tem nenhum comprometimento com nada. O motorista que fará os transportes será uma pessoa sem qualificação”, destacou Nozari.

Para ele, o avanço deste tipo de ferramenta é uma precarização total das relações de trabalho. “Precisamos trancar essa moda que se criou de que qualquer um pode fazer transporte individual”, ressaltou Nozari.

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