"Eleição de Sartori é o fato do ano", diz Felipe Vieira

"Eleição de Sartori é o fato do ano", diz Felipe Vieira

Para apresentador da Rádio Guaíba, caso Bernardo foi o episódio mais horripilante

Luiz Felipe Mello / Correio do Povo

Eleição de Sartori é o fato do ano, diz Felipe Vieira

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Entre tantos fatos de diversa repercussão no Rio Grande do Sul e em Porto Alegre, o apresentador da Rádio Guaíba Felipe Vieira acredita que o acontecimento do ano é a eleição de José Ivo Sartori como governador do Estado. Em entrevista ao site do Correio do Povo, ele justificou a sua escolha e destacou que Sartori terá que ser criativo para administrar as finanças.

"O principal fato do ano para mim foi a eleição, porque ela mexe com a vida da gente. A reeleição da Dilma e a eleição do Sartori são os acontecimentos econômicos-políticos de 2014. Em nível regional, prevaleceu a ideia de que o Estado não quer reeleger ninguém", disse Felipe Vieira.

Viera comentou que Sartori terá que ser criativo para gerir um Estado que está falido. "O governador na realidade é um governador de plantão. Todos ficam numa média. Atualmente, eles precisam se dar conta que não têm caixa para fazer nada e precisam de soluções criativas. Uma delas foi pegar o dinheiro dos depósitos judiciais. Não vejo perspectiva de um grande governo porque o Rio Grande do Sul está quebrado e tão cedo não vamos sair desta crise. O corte nas secretarias é uma sinalização para população de que o governo está cortando os gastos na carne", explicou.

Caso mais horripilante

Felipe Vieira considerou o Caso Bernardo como o mais horripilante de 2014. O apresentador da Rádio Guaíba disse que o crime que vitimou o menino de 11 anos, morador de Três Passos, o atingiu de diversas formas. "Este episódio me tocou de uma forma especial porque sou pai há um ano e meio e não consigo imaginar que uma pessoa que se separou vá procurar uma companheira que odeie o seu filho. Além disso, não consigo acreditar que um pai permita que na convivência o seu filho seja agredido", declarou.

O jornalista disse ainda que espera por uma condenação, apesar de entender que a lei brasileira permite apenas a pena máxima de 30 anos, além dos benefícios da progressão de pena. "Sinceramente, eu gostaria que os envolvidos fossem condenados, mas não à pena de morte, à prisão perpétua. Gostaria que as autoridades colocassem estas pessoas em uma prisão e jogassem a chave fora. É um caso de brutalidade, principalmente pela frieza como encararam a situação", acrescentou.

Fato político

Excluindo as eleições, Felipe Vieira considerou que o fato político mais marcante de 2014 foi a operação Lava Jato, que investigou irregularidades na Petrobras. "Foi uma operação que mexeu com a maior estatal brasileira e agora estamos na expectativa sobre os nomes que vão surgir das investigações. No Rio Grande do Sul, a crise atingiu a Iesa e penso que esta situação entrará 2015 adentro. De um lado estará a luta pela recolocação dos funcionários demitidos no mercado de trabalho e de outro o pagamento dessas pessoas pelo trabalharam", disse.

Felipe Vieira acredita ainda que a operação Lava Jato não é o final de uma série de irregularidades que estariam por vir, principalmente depois da declaração do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, em que ele afirma que outras estatais são usadas para corrupção. "A gente sempre acredita que existe corrupção e pensa sempre que ela nunca é bem investigada. A declaração do Paulo Roberto Costa me preocupa muito, mas é preciso elogiar o trabalho do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, que não tiveram pressa para descobrir quem eram os responsáveis pelo esquema. Eles foram brilhantes", resumiu.

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