Em carta, governadores questionam compromisso de Bolsonaro com a democracia

Em carta, governadores questionam compromisso de Bolsonaro com a democracia

Documento foi elaborado após a presença do presidente Jair Bolsonaro em ato que pedia intervenção militar

Correio do Povo

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, também assina o documento

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Após o presidente da República, Jair Bolsonaro, discursar em ato em frente ao Quartel General do Exército, no Plano Piloto da Capital Federal, neste domingo, o Fórum Nacional de Governadores redigiu a "Carta Aberta à Sociedade Brasileira e em defesa da Democracia", em que 20 governadores ratificam apoio aos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Eles foram os  principais alvos dos grupos de manifestantes, que pediam intervenção militar e o fechamento do Congresso, e criticam a postura de Bolsonaro com os princípios básicos da democracia brasileira.

Na avaliação dos governadores, a posição do presidente "afronta os princípios democráticos" do país. "Nesse momento em que o mundo vive uma das maiores crises, temos testemunhado o empenho que os presidentes do Senado e da Câmara têm se conduzido, dedicando especial atenção às necessidades dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios brasileiros", ressalta o documento.

A Carta Aberta também traz uma resposta as críticas que Bolsonaro vem direcionando aos governadores e prefeitos, acusando os de minimizar os impactos econômicos da Covid-19 no país estimulando o isolamento social. "Não julgamos haver conflitos inconciliáveis entre a salvaguarda da saúde da população e da proteção da economia nacional, ainda que os momentos para agir mais diretamente em defesa de uma e de outra possam ser distintos"

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, também assina o documento. Além de Leite, o documento foi assinado pelos governadores Renan Filho (AL), Waldez Goés (AP), Rui Costa (BA), Camilo Santana (CE), Renato Casagrande (ES), Ronaldo Caiado (GO), Flávio Dino (MA), Mauro Mendes (MT), Reinaldo Azambuja (MS), Helder Barbalho (PA), João Azevêdo (PB), Paulo Câmara (PE), Wellington Dias (PI), Wilson Witzel (RJ), Fátima Bezerra (RN), Carlos Moisés (SC), João Doria (SP), Belivaldo Chagas (SE) e Mauro Carlesse (TO).


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