Em greve há 12 dias, municipários realizam aula pública no Centro de Porto Alegre
Iniciativa contou com a presença de alunos e pais das escolas municipais da Capital
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O diretor-geral do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), Jonas Reis, afirmou que os trabalhadores estão em greve devido aos ataques sofridos pelo governo do prefeito Nelson Marchezan Júnior. “Em nove meses de gestão, o prefeito está cortando investimentos nas políticas públicas e tenta destruir o funcionalismo”, destacou. Conforme Reis, os trabalhadores municipais estão em greve porque fizeram de tudo para dialogar com o prefeito e tentaram mostrar ao chefe do Executivo municipal como os projetos enviados à Câmara de Vereadores prejudicam os serviços da cidade.
A diretora da Associação dos Trabalhadores em Educação de Porto Alegre (Atempa), Vladia Paz, disse que o prefeito realiza o desmonte do ser viço público em especial na área da educação. “Não temos assessoria pedagógica e o atendimento a educação especial não vem sendo realizada”, lamentou. Segundo ela, a categoria é contra a privatização do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), da Carris e contra o desmonte da assistência social e em defesa da Fasc.
Um grupo de funcionários municipais foi até a sede do Tribunal de Contas do Estado (TCE) solicitar a revelação pública dos extratos da prefeitura de Porto Alegre. “Temos a convicção de que o Executivo municipal tinha dinheiro em caixa quando começaram o parcelamentos dos salários dos trabalhadores municipais”, destacou. De acordo com Vladia Paz, na área da educação a prefeitura reduziu em dois terços a refeição nas escolas, o tempo dos alunos em salas de aula e cortou a verba para a compra de livros e do programa Adote um Escritor. Hoje, os municipários realizam uma assembleia para avaliação do movimento.