Em greve, servidores de Porto Alegre fazem manifestação e pedem diálogo com Marchezan

Em greve, servidores de Porto Alegre fazem manifestação e pedem diálogo com Marchezan

Passeata seguiu até o Hospital de Pronto Socorro e depois para o Paço Municipal

Henrique Massaro

Centenas de servidores participaram da caminhada

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Centenas de servidores municipais tomaram as ruas de Porto Alegre nesta terça-feira em mais um início de greve da categoria. Buscando o diálogo com o prefeito Nelson Marchezan Júnior para tratar de questões como o parcelamento salarial, a situação da Saúde e projetos de lei que estão na Câmara de Vereadores, a mobilização era puxada pelo Sindicato dos Municipários (Simpa) e unificava oficialmente outras 13 entidades representativas dos trabalhadores do Município. O ato unia, pela primeira vez, integrantes do Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf).

Logo no início da manhã, por volta das 8h30min, a categoria começou a se concentrar em frente à Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Dali, cerca de uma hora depois, os trabalhadores saíram na primeira de duas caminhadas pelas ruas da cidade. “O prefeito Marchezan é quem está chamando essa greve, porque não dialoga com os servidores, com a Câmara de Vereadores e com a cidade. Então, obriga as entidades e os trabalhadores a fazerem movimentos para chamar a atenção para a péssima gestão”, disse o diretor-geral do Simpa, Alberto Terres. 


Com caminhão de som, sempre acompanhados por agentes da Empresa Publcia de Transportes e Circulação (EPTC), foram até o Hospital de Pronto Socorro (HPS), onde promoveram um abraço simbólico na instituição. “É a defesa do HPS e do Sistema Único de Saúde (SUS), que estão sendo atacados pelo prefeito Marchezan, com a precarização e a falta de chamamento de servidores e materiais. Aqui temos um segundo andar, onde tem um raio-X com todo um equipamento preparado e salas prontas para atender a população, e está fechado porque faltam funcionários”, disse o diretor-geral. Destacou também que 22 leitos da traumatologia foram fechados.

Próximo das 11h30min, a última caminhada da manhã começou pela avenida Osvaldo Aranha. Sempre protestando contra a gestão Marchezan, os servidores seguiram para o Paço Municipal. No Centro Histórico, a ideia era tentar conseguir uma mesa de negociação com a administração, que seria determinante para a continuidade da paralisação. Caso se dispusesse a dialogar, a ideia do Simpa era de esperar o retorno do recesso da Câmara, que ocorre hoje, para pedir que o Legislativo articule o encontro.

Na maior greve da história do Sindicato, que durou mais de 40 dias no final do ano passado, a categoria não foi chamada para uma mesa de negociação com a prefeitura. Alberto Terres destaca também que, no mês passado, o Simpa tinha uma reunião agendada com o secretário de Planejamento e Gestão, Paulo de Tarso Pinheiro Machado, mas o encontro foi cancelado por intermédio do prefeito.

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