Em mutirão, Defensoria Pública dá apoio a haitianos
Objetivo é regularizar situação fundiária de 97 famílias que moram em ocupação
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Eles terão 15 meses para eleger lideranças para adquirir a área, evitando assim processo de reintegração de posse no fim de 2016. A haitiana Fritza William, de 32 anos, que mora no Brasil há dois anos, disse que a alta do dólar tornou inviável a remessa de dinheiro para os dois filhos que ficaram em Porto Príncipe. Um dos integrantes do Centro de Apoio e Orientação a haitianos em Porto Alegre, o engenheiro Alix Georges, de 33 anos, que mora há 9 anos no RS, calcula que 750 haitianos estão em Porto Alegre e quase 2 mil na Região Metropolitana, muitos vivendo em condições precárias.
O motorista Getony Gustinvil, de 41 anos, pensa em ir para o Chile, diante das dificuldades que enfrenta aqui para conseguir emprego. “Investi muito para chegar aqui e agora o que eu ganho não dá nem para mandar para a família”, lamenta.
A procuradora do Trabalho, Patrícia de Mello Sanfelici, do MPT-RS, destaca que os imigrantes enfrentam uma série de dificuldades desde o momento em que saem de sua terra natal. “Nossa ideia é centralizar a assistência a esses trabalhadores e oferecer a eles informações sobre seus direitos”, disse. No local foi oferecido um guia completo em Língua Crioulo que traz direitos rescisórios, prazos dos contratos e outras demandas relativas a salários e emprego.