Em Pelotas, pais acorrentam usuário de crack em casa

Em Pelotas, pais acorrentam usuário de crack em casa

Menino de 12 anos ficou preso por 15 dias a uma poltrona

Correio do Povo

Menino de 12 anos foi acorrentado a uma poltrona

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Os pais de um menino de 12 anos, usuário de crack, desesperados em impedir que ele fugisse de casa para usar o entorpecente, tomaram a atitude extrema de acorrentá-lo a uma poltrona. Durante 15 dias, o jovem ficou preso ao móvel na sala da residência em Pelotas, no Sul do Estado.

Nessa quarta-feira, após uma crise de abstinência do filho, a mãe procurou o Conselho Tutelar em busca de um leito para interná-lo. Após contato com o promotor da Infância e da Juventude, José Olavo de Passos, o conselheiro tutelar Alexandre Caldeira comunicou que o menor poderia ser internado em Pelotas ainda ontem.

Ao tomar conhecimento do problema, o promotor entrou em contato com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para a remoção do menino e solicitou o apoio da Brigada Militar. "No hospital, ele vai ser avaliado e, se for caso de internação, o pedido será feito por via judicial, possivelmente para uma instituição em Porto Alegre", explicou Passos.

De acordo com o promotor, em casos como esse, é preciso recorrer à rede de atendimento que o município dispõe. Se não houver a necessidade de internação, o menino deverá ser encaminhado para acompanhamento pelo Centro de Atenção Psicossocial Infanto-juvenil (Capsi).

A mãe desconfiou das atitudes do filho, que se tornou violento e com sinais fortes de ansiedade. Em uma briga com a irmã de 15 anos, o menino teria causado fratura na mão da menina. Os pais o pressionaram e ele confessou usar a droga. "Ele próprio pediu para ser acorrentado e internado para se livrar do vício", disse a mãe. O menino teria dito que começou a usar drogas havia dois meses.

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