Em Porto Alegre, Ricardo Salles reafirma a origem venezuelana do óleo que atinge o Nordeste

Em Porto Alegre, Ricardo Salles reafirma a origem venezuelana do óleo que atinge o Nordeste

Ministro do Meio Ambiente participou de encontro com líderes empresariais gaúchos nesta segunda-feira

Gabriel Guedes

Depois de encerrar inesperadamente a entrevista coletiva em Porto Alegre, ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (ao fundo) foi para uma sala, onde ficou protegido dos jornalistas por seguranças

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O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles foi um dos participantes do encontro do Lide RS. A reunião com os líderes empresariais, no Porto Alegre Country Club, foi a portas fechadas nesta segunda-feira. Salles falou sobre a pasta que comanda e as prioridades para o país. Após o evento, no final da tarde, conversou brevemente com os jornalistas. Entretanto, mesmo cumprindo agenda aqui no sul do país, o assunto inevitável foi o vazamento de petróleo que atinge o litoral nordestino.

Salles negou que o governo federal esteja atuando com morosidade no caso do vazamento, que ele afirmou repetidamente ser de origem venezuelana. "Não há lentidão nenhuma. Aliás, isso foi reconhecido pela própria decisão judicial neste final de semana, na qual ficou comprovado que o governo federal adotou todas as medidas necessárias desde o início do incidente, em setembro. Enfim, tudo foi feito e continua sendo feito rapidamente pelo governo federal", ratificou. No domingo, a Justiça Federal decidiu a favor do governo numa ação apresentada pelo Ministério Público Federal em Sergipe. Segundo a decisão, foram tomadas as medidas necessárias para conter o vazamento de óleo. "É um esforço conjunto contra a mancha de óleo venezuelano, que tocou a costa brasileira, e nós não sabemos a origem, como chegou efetivamente", pontuou.

O ministro também garantiu que os órgãos ambientais federais - como o Ibama e o ICMBio - estão em constante cooperação com os grupos de voluntários e organizações que atuam na remoção do produto vazado. "O litoral do nordeste é extenso e o óleo tocou em pontos distintos do litoral. Então, este apoio conjunto é importante", destacou.

Durante a chegada ao evento, Salles foi recepcionado sob protesto de um grupo de cerca de 15 pessoas, que questionavam a vinda dele ao RS. "Todas as equipes estão trabalhando incessantemente desde setembro. Eu mesmo fui em cinco estados diferentes. Portanto, é claro o esforço do governo federal, todo empenho que temos tido. E agradecemos também aos governos municipais, à defesa civil e aos voluntários. É um trabalho permanentemente de retirada deste óleo", defendeu.

A conversa com o ministro foi encerrada de forma abrupta, ao ser perguntado sobre a ausência do presidente Jair Bolsonaro nas áreas atingidas pelo vazamento de petróleo. "Temos feito um esforço global. Todos os ministérios têm dado suas contribuições. Todos têm feito um trabalho importante. O que não tem sido bom para o país é essa polemização e essa politização que alguns querem fazer. Nossa decisão é por trabalhar e por gerar resultados que são muito importantes para o país", respondeu, abandonando em seguida a entrevista coletiva.


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