Emergência psiquiátrica com superlotação na Zona Sul da Capital
Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul tinha 24 pacientes para 14 leitos disponíveis
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Em seis meses, é a terceira vez que o Simers vai ao local e constata a irregularidade, considerada uma afronta aos direitos humanos dos pacientes e um efeito da falta de leitos psiquiátricos. Em dezembro de 2015 e janeiro deste ano, ocorreram os mesmos flagrantes. Denúncia foi levada à OAB/RS em fevereiro.
O diretor do Simers, André Gonzales, citou que o Samu tem de deixar macas junto com os pacientes que leva ao serviço por falta de leitos. “É lamentável. Os doentes ficam em parcos colchonetes. É quase como estar no chão frio, e ainda há macas extras. A situação já superou o tolerável. No Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul é a pior situação, pois as dificuldades são extremas”, resumiu Gonzales.
O Sindicato Médico do RS voltará a cobrar da Prefeitura de Porto Alegre a ampliação de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS). Hoje o Hospital Parque Belém tem mais de 40 vagas fechadas que se estivessem abertas poderiam aliviar o sofrimento de portadores de transtornos mentais e dependência química. Dados obtidos pelo Núcleo de Pesquisa do Simers apontam que houve redução de leitos do SUS na Capital no período de julho de 2015 a julho de 2016. Foram 20 leitos desativados.