Empresários preveem perdas de até 40% em Angra

Empresários preveem perdas de até 40% em Angra

Cidade sofre desde a virada do ano por causa de tragédias causadas pelas chuvas

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Os empresários de Angra dos Reis estão com medo de que o verão deste ano tenha faturamento até 40% menor do que o do ano passado, segundo estimativa inicial da prefeitura da cidade. Na tarde desta segunda-feira, representantes da prefeitura, de hotéis e de pousadas vão se reunir para discutir as possíveis perdas que os eventos dos últimos dias podem causar no turismo local. A prefeitura ainda não fechou os dados sobre os prejuízos causados pelas chuvas na virada do ano. Mesmo assim, quem trabalha com hospedagem diz ter certeza que o Carnaval vai ser bastante afetado.

A responsável pelo quadro de reservas da pousada Waterfrout, Marta Martins, disse que duas reservas para domingo foram mudadas para o fim do mês. "Não sei se vamos conseguir lotar isso aqui. No momento estamos fazendo transferência [mudança] de data, até as estradas se normalizarem." Ela acredita que, apesar disso, os clientes foram “bastante compreensivos” com a situação, e que, ao invés de cancelar, preferiram adiar a viagem.

O pacote do Carnaval na pousada varia em torno de R$ 2 mil. Tanto a Waterfrout como outros dois estabelecimentos ouvidos pela reportagem disseram que estavam lotados no feriado do ano passado. Todos também estudam reduzir os preços dos pacotes para este feriado.

Na pousada do Alemão, a gerente Eliete – que preferiu não ter o sobrenome divulgado - disse estar pensando sobre reduzir os preços. No momento, o hotel já oferece descontos de 10% para quem fizer reserva para o Carnaval. "'Tá’ tudo novo. Não sei como vai rolar isso. Tão dizendo que ainda vai ter mais deslizamento. Para o feriado, o pacote mais barato sai por R$ 1.980, e o mais caro, a R$ 2.825. Os preços incluem cinco diárias completas; a suíte de luxo tem 50 m² e hidromassagem.

No hotel Cherry, a gerente Sonia Galvão disse que o valor é de R$ 100 por noite e por pessoa, e que a capacidade é de até 80 hóspedes distribuídos nos 29 quartos.

Santa Catarina

O Estado de Santa Catarina teve experiência parecida em novembro de 2008, quando fortes chuvas provocaram enchentes, desmoronamentos e deslizamentos de terra em cidades como Blumenau, Navegantes, Itajaí, Gaspar e Ilhota. Mais de 120 pessoas morreram. O turismo da região também foi afetado.

Com a tragédia, alguns hotéis registraram quedas de até 70% no movimento. Os bares e os restaurantes notaram uma redução de 20% na temporada 2008/2009 em comparação com o mesmo período de 2007/2008, segundo estimativas da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes).

O setor levou cerca de seis meses para se recuperar em Santa Catarina, onde o turismo é responsável por cerca de 12% de todas as riquezas (PIB, Produto Interno Bruto) produzidas no Estado.

As informações são do R7.

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