Empresas pedem mais prazo para deixar área portuária da Capital

Empresas pedem mais prazo para deixar área portuária da Capital

Processo de reintegração de posse já retirou quatro dos 21 empreendimentos da orla do Guaíba

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Presidente da ABPT do Estado, Wilen Manteli, diz que a maioria das empresas paga aluguel para utilizar a área

publicidade

Empresas de areia e concreto localizadas no Cais do Porto da Capital convocaram uma coletiva de imprensa, nesta quinta-feira, a fim de alertar para o risco de quebra de produção, atraso em obras da construção civil e até em projetos para a Copa do Mundo, caso a Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH) prossiga com as reintegrações de posse dos terrenos. O Estado pede na justiça a recuperação de 41,5 mil metros quadrados e já conseguiu despejar quatro empresas da área nas últimas semanas.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários no Rio Grande do Sul (ABPT/RS), Wilen Manteli, a maior parte das empresas paga aluguel para utilização do local e pretende seguir fazendo uso dos espaços. Ele afirma que elas respondem por mais de 40% do fornecimento de areia, brita, cascalho e concreto para a construção civil da Capital e da Região Metropolitana. “Caso a decisão da Superintendência de Portos e Hidrovias seja mantida, vai ocorrer o fechamento de 11 empresas que operam na região e que tem um faturamento anual de R$ 213 milhões”, destacou.

Já o superintendente de Portos e Hidrovias da Capital, Pedro Obelar rebate, destacando que os contratos com as empresas em fase de despejo venceram há mais de 15 anos e que não há pagamento pelo uso dos terrenos. O superintendente esclareceu que pretende destinar, após as desapropriações, uma área específica para a utilização de empresas ligadas à extração de areia no porto. “A partir da liberação dos espaços, a SPH iniciará o processo de licitação, dando igualdade de participação a todas as empresas que tiverem interesse na utilização das áreas, com vistas ao aproveitamento da hidrovia como modal de escoamento de produção”, explicou.

O Estado pretende remover um total de 21 empresas identificadas, conforme a SPH, operando de forma indevida na orla do Guaíba. A meta é permitir a instalação de fornecedoras de componentes de plataformas de petróleo construídas no Polo Naval de Rio Grande.

Com informações dos repórteres Cláudio Isaías e Gabriel Jacobsen

Bookmark and Share

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895