Enfermaria e UTI pediátrica reformadas qualificam atendimento no HPS

Onze meses após o início das obras de revitalização, a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) pediátrica do Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre foi aberta nesta quinta-feira. O espaço revitalizado ganhou cores, desenhos e o principal: sete novos leitos de enfermaria, que se somam aos oito leitos de UTI. O investimento nessa etapa totaliza R$ 3 milhões, dos quais R$ 2,5 milhões de emenda parlamentar e o restante da prefeitrua de Porto Alegre.

Diretora-geral do HPS, Tatiana Breyer explica o número de leitos praticamente dobrou. Além da ampiação dos leitos, Tatiana destaca que o novo ambiente vai permitir a recuperação das crianças em local adequado. “A UTI de trauma pediátrico do HPS tem 20 anos. E desde o início a gente sempre achou que precisava ter leitos dedicados para as crianças quando saem da UTI, pra elas não saírem direto pra casa. Então tem uma uma fase do tratamento que ela precisa acontecer antes dela ter alta”, afirma. 

Por falta de local adequado, por duas décadas as crianças foram acomodadas em quartos de internação adultos, que não são adequados para as crianças. “A gente está conseguindo colocar todo o mobiliário mais para a idade que a gente atende, que é em média de 4 anos nos últimos 20 anos”, compara. As melhorias são percebidas na climatização e na instalação de um leito de isolamento. “A gente tem uma recreação dedicada pra essas crianças, além de toda a ambiência, iluminação, todo o sistema de ar-condicionado foi trocado”, destaca.

Segundo Tatiana, a maioria dos pacientes busca tratamento por conta de queimaduras. “Dos seis pacientes que estão internados aqui, cinco estão queimados. Isso é uma coisa bem importante, a gente tem queimados adultos e as crianças ficam aqui na UTI de trauma pediátrica”, observa. Ela destaca a iluminação natural dos quartos. “É um cenário muito lúdico, para que as crianças se sintam um pouco melhor e onde elas possam brincar. Vai ser uma brinquedoteca”, completa.

Chefe da UTI Pediátrica do HPS, Luciana Barcellos afirma que a revitalização do espaço vai refletir também na recuperação das crianças. Segundo Luciana, 20 mil crianças são atendidas por ano no HPS, das quais 700 ficam internadas. São crianças vítimas de traumas e de violência, que internavam antes na UTI e não tinham um ambiente adequado para ficar após a internação de UTI. “Conseguimos aumentar o giro de leitos da UTI, que continuaram em oito, mas ganhamos sete leitos para poder dar uma alta precoce e adequada pra essas crianças”, observa.

Conforme Luciana, existem casos em que os pacientes queimados ficam internados até seis meses. “Esses pacientes precisam que seja implantado uma área de recreação, que vai ser usada também pela fisioterapia para ajudar a reabilitação dessas crianças”, afirma. Ela comemora ainda a rapidez da reforma, que levou onze meses. “Primeiro, fizemos a obra da enfermaria, onde foram feitos então os sete leitos. Depois que esses leitos estavam prontos, nós trocamos os pacientes da UTI pra lá, pra que a gente pudesse fazer atualização desse espaço”, destaca.