Entidades denunciam atraso no repasse da contribuição sindical
Cpers alega que “governo do Estado se apropriou indevidamente de um dinheiro que não é público”
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“O governo se apropriou indevidamente de um dinheiro que não é público mas privado por ser entidade. Esse dinheiro não vem do governo mas do bolso dos nossos sócios”, ressaltou a presidente do Cpers Sindicato, Helenir Schürer, que representa os professores, em entrevista na manhã desta quinta-feira, na sede do sindicato, no Centro de Porto Alegre.
Helenir disse que o sindicato estaria na rua nesta quinta-feira, fazendo uma grande mobilização devido ao atraso dos salários. O governo do Estado anunciou que a primeira parcela só será depositada no dia 12. Contudo, sem o repasse, não tem como realizar a manifestação. “Isso é um impedimento, um ataque frontal à organização sindical por que estamos de mãos atadas. Queremos que devolva a contribuição do nosso sócio”, declarou.
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Já o presidente da Ugeirm Sindicato, que representa os policiais civis, Isaac Ortiz, avaliou como “uma vergonha” o fato do governo não pagar em dia pela 35ª vez os servidores públicos. E criticou o atraso no repasse da contribuição sindical. “O governo - de maneira sorrateira e até criminosa - se apropriou de um dinheiro que não é dele - pois é do trabalhador”. “No fim de governo está sendo cometendo um delito”, protestou.
Isaac Ortiz explicou ainda que o dinheiro já foi descontado do salário do servidor e disse que “falta transparência” nas finanças do Estado.
A Secretaria Estadual da Fazenda divulgou nota oficial em que justifica o atraso do pagamento dos salários: “A incapacidade financeira de quitar os salários de outubro ao menos a um grupo de servidores do Poder Executivo, agora no último dia do mês, é a face mais visível de um Estado que ainda não encontrou o equilíbrio entre receita e despesas”. Em nota, a secretaria ressalta ainda que “a realidade das finanças públicas sempre foi tratada com a máxima transparência”.