Entidades socorrem animais afetados pela chuva no RJ
Em Teresópolis, um cachorro ficou três dias ao lado do túmulo onde foi enterrada sua dona
publicidade
Ela prevê montar um hospital de campanha na região a partir desta segunda-feira. “Não pensávamos que receberíamos tanta solidariedade. Tenho três toneladas de ração animal em minha casa, pensava em ir de carro para a Serra do Rio, mas agora preciso de um caminhão", contou a veterinária paulista. Margarida percorre todos os anos os povoados mais pobres da Amazônia e regiões remotas para atender os animais necessitados.
Especialistas da Sociedade Mundial para a Proteção Animal (WSPA) coordenam a ação na Serra do Rio, como já fizeram no Haiti depois do terremoto. "Em um ano, depois do terremoto, foram atendidos e tratados no Haiti mais de 50 mil animais", explicou Solange Ribeiro, coordenadora da WSPA e que organiza a campanha na cidade do Rio de Janeiro.
"Temos informações de que há muitos animais em situação deplorável, brigando por comida, com fraturas, abandonados, pois mesmo seus donos não podem cuidar deles. Sabemos que a prioridade da tragédia é salvar vidas humanas, mas os animais são nossos melhores amigos, eles não nos abandonariam e nós não vamos abandoná-los", enfatizou.
Em meio à devastação da região serrana, uma imagem comoveu o País este fim de semana: um cachorro chamado Leão ficou desde sexta-feira ao lado do túmulo onde foi enterrada sua dona, num cemitério de Teresópolis. O animal foi resgatado hoje.