Enxurrada causa danos materiais em Campo Bom

Enxurrada causa danos materiais em Campo Bom

Segundo a Defesa Civil, no entanto, ninguém chegou a ficar desabrigado.

Henrique Massaro

Segundo a Defesa Civil, no entanto, ninguém chegou a ficar desabrigado

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Cerca de meia hora. Este foi o tempo de chuva necessário para revirar a vida de famílias de Campo Bom. Uma enxurrada, que começou no final da tarde de domingo, causou danos materiais para moradores de diversos bairros do município. Segundo a Defesa Civil, no entanto, ninguém chegou a ficar desabrigado.

Ao entrar na cidade na manhã seguinte, as primeiras ruas, já secas, sequer passavam a imagem de terem sido atingidas por um temporal. Mas ao chegar nos bairros mais próximos do Arroio Schmidt, que transbordou, os estragos nas residências já começavam a aparecer.



Em uma casa localizada nos fundos de uma transportadora de uma indústria de calçados, três veículos ficaram soterrados pelo muro da empresa, que veio abaixo com o incidente. O proprietário dos carros, Eugênio Silveira, que utilizava um dos automóveis para trabalhar, disse que jamais tinha sofrido tanto com uma tempestade. Ele e a família já fizeram contato com a empresa para tentar contornar o prejuízo.

Perto dali, na rua Bruno Werne Storck, localizada no bairro Canudos, algumas famílias precisavam utilizar rodos para retirar a água ainda na manhã de ontem. Assim foi na casa de Elides dos Santos, que mora no local com o marido e com o filho. Apesar de a água ter baixado em cerca de 30 minutos, ela atingiu o interior do imóvel, danificando vários objetos, como roupas e colchões. De acordo com ela, eles sempre são prejudicados quando ocorrem fortes chuvas.

Na mesma rua, outros moradores colocavam móveis para a parte de fora e também seguiam varrendo a água para fora. Celso Jung, por exemplo, conseguiu erguer parte de seus pertencer para uma estrutura de madeira improvisada próxima ao teto da casa. Mesmo assim, teve móveis e o carro pessoal estragado pela água.

O bairro Operária foi um dos mais atingidos. Na esquina das ruas Eucalipto e Bom Jesus, a casa de Leandro da Silva ficou sem o muro da frente. Duas árvores - pés de canela - também foram arrancadas do solo devido ao temporal.

No mesmo bairro, na rua Jacarandá, Jéferson Martins lavava a frente da casa e tentava arrumar o interior do imóvel. Segundo ele, a água ficou na altura da canela e danificou a lavanderia e o quarto, deixando um armário quebrado. Morador do local há quatro anos, ele contou que foi pelo menos a terceira vez que a casa ficou alagada devido a falta de escoamento das fortes chuvas. Segundo ele, em cerca de dez minutos a água já havia inundado o imóvel, que ficou assim por aproximadamente 40 minutos. “E depois, ficou a bagunça”, completou.

De acordo com o coordenador da Defesa Civil do município, Paulo Silveira, não se cogita declarar situação de emergência, em virtude de terem sido danos materiais. Vários bairros, no entanto, foram atingidos. Além do Canudos, do Operária e do 25 de Julho, a chuva prejudicou moradores dos bairros Vila Rica, Rio Branco, Bela Vista, Vila Nova, Imigrante e parte do Centro.

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