Erechim intensifica ações contra desperdício de água

Enquanto boa parte do Rio Grande do Sul enfrenta estragos dos temporais, outros pontos seguem encarando os problemas da estiagem. O gerente da Corsan de Erechim, Rodimar Passaglia, participou, no final da tarde de segunda-feira, de uma reunião de emergência na superintendência da empresa regional em Passo Fundo. O objetivo foi avaliar a real situação da água em Erechim e buscar medidas imediatas para tentar diminuir o risco de racionamento. Nesta terça, Passaglia relatou que a decisão foi por intensificar as ações que evitam desperdício.

A primeira meta é reforçar as equipes que saem à campo para identificar locais, superficiais ou no solo, de vazamento de água desde sua distribuição até o ponto de consumo. A cidade contava com duas equipes para este serviço e agora passa a ter três equipes que pesquisam pontos para rápido conserto. Caso não chova nos próximos dias, contudo, a medida será apenas paliativa diante da gravidade da queda dos níveis do lago da Corsan. Além disso, a cidade perde, atualmente, de 30% a 35% só em vazamentos da água.

O gerente explica que a empresa possui equipamentos de alta precisão para identificar com exatidão onde estão ocorrendo perdas de água por vazamentos no encanamento. Também com a nova equipe, chega mais um equipamento para realizar o trabalho. Como a cidade produz e consome 22 milhões de litros de água por dia, estima-se que há uma perda de cerca de 7 milhões de litros por problemas de encanamento.

Outra medida foi anunciada para a próxima segunda, quando a cidade deverá receber da Corsan regional (Passo Fundo) uma perfuratriz para abrir dois poços artesianos. Os pontos ainda não estão definidos, mas o objetivo é ajudar a produção dos rios que abastecem o lago da barragem.

O gerente da Corsan local também observa que um poço com produção de 80 mil litros de água por hora, no Aquífero Guarani, ao lado da barragem da Corsan, feito já há alguns anos após estiagens marcantes, também foi acionado e está jogando água dentro do lago. Nesta terça, pela manhã, o lago estava 1,52 metro abaixo do nível normal. Erechim tem no seu histórico recente duas grandes estiagens que colocaram os 97 mil habitantes da cidade sob racionamento: em 2005, por 33 dias e em 2009, por 11 dias.