Escola faz ato por mais segurança após caso de bullying em Pelotas

Escola faz ato por mais segurança após caso de bullying em Pelotas

Mãe de aluna suposta vítima de bullying invadiu o colégio e agrediu estudantes e professores, na terça-feira

Luciara Scheid / Correio do Povo

publicidade

Direção, professores e alunos do Colégio Estadual Dom João Braga, de Pelotas, realizaram uma manifestação pedindo por mais segurança e paz, na tarde desta quarta-feira. O ato ocorreu um dia depois de uma briga envolver familiares de uma estudante, que resultou em agressão a duas alunas e a uma professora da instituição.

Em repúdio à situação de violência, direção, professores e alunos promoveram um protesto na frente da escola, no início da tarde desta quarta-feira. Com faixa e cartazes, eles pediam mais segurança e diziam “não à violência”. Segundo a diretora da escola, Laura Adriana Machado, o fato ocorreu no início da tarde de terça-feira, quando a mãe e dois irmãos de uma aluna do sexto ano entraram na escola junto com os estudantes, o que não é permitido, e foram em direção a duas alunas.

Uma delas passou a ser agredida, quando a professora Letícia Blass resolveu intervir. “A mãe estava transtornada e empurrando. Eu sem saber do que se tratava interferi e acabei sendo agredida a socos e tapas. Um rapaz que estava junto à mãe agressora, ainda me ofenceu verbalmente”, disse a professora, indignada.

A diretora, também revoltada com a situação, durante o ato de solidariedade à professora desabafou: “Chega de violência. Não vamos admitir que invadam a escola”. As aulas do turno da tarde foram suspensas para que professores e direção discutam o assunto. Representantes da 5ª Coordenadoria Regional de Educação (5ªCRE) estiveram na DPPA para acompanhar o caso, que passa a ser investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). As câmeras de monitoramento da escola registraram o momento em que a mãe e os filhos entraram na escola.

Mãe diz que agiu em defesa da filha e caso para na Polícia

A mãe agressora contou que sua atitude foi um ato desesperado de uma mãe na tentativa de defender a filha de 12 anos, aluna da sexta série, que sofreria bullying há mais de três meses. A menina é cega de um olho e seria agredida em diversos espaços da escola.

O caso foi parar na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA). A invasão da mãe, acompanhada dos filhos à escola, foi na tentativa de defender a filha de 12 anos, que estaria sendo alvo de bullying.

Bookmark and Share

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895