Espanha pede a milhões que fiquem em casa com nova escalada de Covid-19

Espanha pede a milhões que fiquem em casa com nova escalada de Covid-19

UE avalia grande pacote de resgate econômico em meio a novo fechamento

AFP

Nação europeia volta a conviver com isolamento social

publicidade

Quatro milhões de moradores de Barcelona foram requisitados a permanecer em casa diante da nova escalada dos casos de coronavírus, enquanto os líderes da União Europeia (UE) planejavam em Bruxelas um resgate sem precedentes, ante uma economia arrasada pela doença. "Somos forçados a recuar um passo, para que não tenhamos que retornar, nas próximas semanas, ao confinamento total da população", disse a porta-voz do governo regional catalão, Meritxell Budó, que também pediu aos cidadãos que não se locomovam a outras regiões neste fim de semana.

A Espanha, um dos países mais afetados pela pandemia com mais de 28.400 mortes, impôs um severo confinamento em meados de março que reduziu significativamente a transmissão do coronavírus. Em Barcelona, as autoridades catalãs anunciaram medidas ratificadas pela justiça que incluem a proibição de reuniões de mais de dez pessoas, a redução de 50% na capacidade de bares e restaurantes e o fechamento de locais de entretenimento, como teatros, cinemas e instalações esportivas.

No início da semana, já havia sido decretado o confinamento de 160.000 pessoas em Lérida. O número de mortos pelo novo coronavírus no mundo supera 590 mil e há quase 14 milhões de casos oficialmente registrados, segundo um balanço da AFP, apesar das medidas sem precedentes tomadas pela maioria dos países para conter a propagação da doença.

A Índia superou hoje o marco de 1 milhão de casos e se tornou o terceiro país do mundo em número de infectados, atrás de Estados Unidos e Brasil. Em um dia, houve 35 mil novos casos e 700 mortos.

Pelo terceiro dia consecutivo, os Estados Unidos registraram um aumento recorde de infectados nesta sexta-feira: 77.638 nas últimas 24 horas. Assim, a maior potência do mundo acumula 3,64 milhões de contaminações e 139.128 mortes.

O médico Anthony Fauci, referência em doenças infecciosas, pediu aos jovens que levem o vírus mais a sério: "Quanto antes acabarmos com isso, mais cedo voltaremos à normalidade e vocês poderão se divertir livremente. Agora não é o momento."


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895