Especialistas debatem desenvolvimento econômico e concessão de portos no RS

Especialistas debatem desenvolvimento econômico e concessão de portos no RS

Temas foram discutidos durante o evento da Tá na Mesa, da Federasul, em Porto Alegre

Felipe Samuel

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A necessidade de investir em melhorias da infraestrutura logística e as alternativas para ampliar o escoamento da produção no Rio Grande do Sul foram alguns dos temas discutidos nesta quarta, durante o evento da Tá na Mesa, da Federasul, em Porto Alegre. Na esteira das concessões de portos e rodovias promovidas pelos governos federal e estadual, especialistas destacaram a importância do complexo portuário no Estado, especialmente do Porto de Rio Grande, para  

Com o tema "O papel dos portos do RS no desenvolvimento do Estado", o diretor superintendente dos Portos RS, Fernando Estima, explicou que o país passa por uma série de 'reavaliações' e de processos de concessão de portos. "Os portos que estavam sob a responsabilidade da União é que não vinham dando a resposta adequada, diferente do Rio Grande do Sul, que é pioneiro também na questão das concessões", pontou. Ao destacar que o RS já fez sua lição de casa, Estima explicou que no complexo portuário do Rio Grande do Sul, 17 terminais são privados. "Temos 5 que são concessões de longo prazo", completou.

Conforme Estima, em 2021, o RS obteve o melhor resultado acumulado da história, com 47,6 milhões toneladas transportadas nos três portos:  Porto Alegre, Rio Grande e Pelotas. É um aumento de 19,37% em relação a 2020. "O tema da desestatização ou privatização, como queiram chamar, de certa maneira foi feito, o que o Rio Grande do Sul não abre mão é de fazer a gestão do processo, porque a gestão da logística tem que ser estratégica e se é estratégico, que é do Estado, tem que ter um pai nessa família pra regular aí a relação de todos esses entes", comparou.

Na avaliação do presidente da CCGL e do Complexo Portuário Termasa-Tergrasa, Caio Cézar Fernandez Vianna, o comércio, a indústria e a agricultura dependem 'muito fortemente' das infraestruturas de logística. Ele destacou ainda a participação do agronegócio no PIB (Produto Interno Bruto). "O agronegócio precisa ser eficiente, precisa ser produtivo para competir. E depois disso precisamos também ter a infraestrutura logística para que a gente possa escoar e comercializar", sustentou.

O presidente da Federasul, Anderson Trautman Cardoso afirmou que a metade Sul do Estado vive um 'momento especial' por conta dos investimentos no Porto de Rio Grande, que produzem um novo ciclo de desenvolvimento e geram impacto positivo na economia gaúcha. Apesar desse cenário, Cardoso destacou que ainda há muito a ser feito para melhorar o escoamento de cargas e produtos no RS. "Atualmente 88% das nossas cargas são transportadas em rodovias, enquanto no país a dependência é de apenas 65%. Isso mesmo com um enorme potencial hidroviário do nosso estado", advertiu.


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