Estátua de Carlos Drummond tem livro furtado na Praça da Alfândega, em Porto Alegre
Segundo a Brigada Militar nenhum comunicado foi feito na corporação
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A seção de Memória da Secretaria de Cultura de Porto Alegre - que é responsável pelos monumentos espalhados pela cidade - desconhecia o paradeiro do livro. O coordenador do setor, arquiteto Luiz Custódio, observou que praticamente todos os dias alguma obra é danificada no município. Agora ele deve informar a situação para a coordenadora do PAC Cidades Históricas, Briane Bicca, responsável pela restauração da praça. Ele negou que o livro pudesse ter sido restaurado, como ocorreu em dezembro de 2011, quando a estátua de Carlos Drummond sumiu e, em seguida, a secretaria Municipal de Meio Ambiente informou que tinha sido recolhida para conserto.
O Monumento à Literatura, como é conhecida a obra, foi criado por Eloisa Tregnago e Xico Stockinger e inaugurado em 2001. E desde lá a obra é visada por assaltantes ou depredadores, devido ao material utilizado: o bronze. Conforme a comandante da 1ª Companhia do 9º Batalhão da Polícia Militar, Martha Richter, o último registro de furto do livro ocorreu há mais de um ano.
A comerciante ambulante Tainan Ramos, 24 anos, não tinha percebido que o objeto tinha sumido. “Que absurdo isso.” O curador José Francisco Alves, 50 anos, também ficou estarrecido. “É tradição. No Rio de Janeiro (onde a estátua fica na orla de Copacabana) o alvo são os óculos. Aqui é o livro. É uma maldição que Drummond carrega.”