Estátuas de girafas em escola são alvos de vandalismo no Cidade Baixa, em Porto Alegre

Estátuas de girafas em escola são alvos de vandalismo no Cidade Baixa, em Porto Alegre

Após inúmeros reparos, instituição de ensino infantil decidiu instalar câmera de monitoramento na rua da República

Cláudio Isaías

Instituição afirmou que irá reparar novamente estátuas e que custo será de R$ 1 mil

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Duas girafas (mãe e filha), símbolos da escola de educação infantil Girafinha Travessa, na rua da República, no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, foram alvos da ação de vândalos. Na madrugada do dia 21 de agosto, as cabeças das duas girafas foram arrancadas provavelmente a golpes de madeira ou de martelo.

O diretor administrativo da escola, Robson Bubols, disse que as estátuas das duas girafinhas foram colocadas no bairro em 2010. "Perdemos a conta de quantas vezes as duas peças já foram vandalizadas. Fazemos o conserto uma vez por mês e logo em seguida as peças são alvo de vandalismo", lamentou. Bubols afirmou que a imagem das girafas faz parte do cotidiano da escola e da rua da República. "Muita gente tira fotos neste local. Virou atração no bairro", ressaltou.

A administração da escola informou que vai colocar nos próximos dias uma câmera de videomonitoramento direcionada para a entrada o que vai possibilitar a visualização do local onde estão as duas girafas - em frente ao número 378. "Chamamos uma empresa especializada em segurança que vai realizar a instalação. Com isso, esperamos solucionar de uma vez por todas esse problema", comentou. 

Segundo Bubols, a instituição de ensino atende alunos de quatro meses a seis anos de idade. "As crianças perguntam a todo o momento pelas girafas e para onde elas foram levadas. É um símbolo da escola", ressaltou. Na tentativa de inibir a ação dos vândalos, as duas peças foram reforçadas com ferros pelo funcionário aposentado João Paulo - que presta serviço para a instituição de ensino. "Não consigo entender porque essa brutalidade com as girafas. Os moradores disseram que presenciaram pessoas batendo com madeira nas estátuas. O vandalismo deve ocorrer durante a madrugada", acrescentou o diretor administrativo da Girafinha Travessa. 

A recuperação da cabeça das duas girafas deve custar em torno de R$ 1.000,00 - compra de peças e mão de obra. Bubols acredita que com a presença da câmera de videomonitoramento deverá reduzir a ocorrência de vandalismo contra as girafas.

Na manhã de segunda-feira, um grupo de pais que levava seu filhos para a escola lamentou a destruição das duas estátuas. Em uma rede social, diversos frequentadores dos bares da Rua da República postaram fotos junto das girafas. A grande maioria das pessoas lamentou o ato de vandalismo e muitos afirmaram que a localização das girafas era ponto de referência para o encontro de jovens na balada do bairro Cidade Baixa.

A escola de educação infantil Girafinha Travessa é uma das mais tradicionais do bairro Cidade Baixa, e está há mais de 34 anos no mercado com trabalho na área de educação para a paz, para o meio ambiente e para a aceitação das diferenças.


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