Estado atinge meta da ONU de mortalidade materna

Estado atinge meta da ONU de mortalidade materna

Rio Grande do Sul conseguiu antecipadamente o índice prévio de 29,5 óbitos maternos por 100 mil nascidos

Marco Aurélio Ruas / Correio do Povo

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O Rio Grande do Sul atingiu, antecipadamente, a meta da Organização das Nações Unidas (ONU) de redução da mortalidade materna. Com prazo para 2015, a meta faz parte dos “Objetivos de Desenvolvimento do Milênio”, promovidos pelas Nações Unidas. O índice prévio do Estado em 2013 ficou em 29,5 óbitos maternos por cem mil crianças nascidas vivas, enquanto o número preconizado para o território brasileiro é de 35 mortes.

Conforme a Secretaria Estadual de Saúde (SES), a marca do último ano é a menor já registrada. “A contribuição do Estado é positiva, e deve puxar o índice nacional para baixo”, revelou a coordenadora da Seção de Saúde da Mulher da SES, Nadiane Lemos. Segundo ela, as principais ações que justificam a redução do índice no Estado são a implementação da Rede Cegonha/Programa Primeira Infância Melhor (PIM), de Ambulatórios de Acompanhamento de Gestantes de Alto Risco (AGAR) e a qualificação do atendimento a casais.

“A Rede Cegonha realiza a promoção da saúde através da educação. Além disso, temos 11 ambulatórios de alto risco no Estado e o modelo de atendimento a casais, onde qualificamos a atenção aos casos, que são acompanhados desde o planejamento da gravidez”, salientou.

Os AGARs estão localizados em oito municípios: Ijuí, Tramandaí, Estrela, Santo Ângelo, Uruguaiana, Pelotas, dois em Santa Rosa e três em Porto Alegre. Visando a ampliação e qualificação da oferta de exames, o Ministério da Saúde disponibilizou R$ 5,48 milhões desde 2012. Neste ano, a SES está disponibilizando R$ 8,12 milhões aos municípios do Estado. Em 2013, os incentivos pagos aos municípios para investimento direto na Rede Cegonha alcançaram a marca de R$ 21,54 milhões

Com o objetivo de garantir o atendimento qualificado às gestantes e crianças de zero até os seis anos, a Rede Cegonha/PIM é desenvolvida por meio de ações conjuntas com a Políticas Estadual de Saúde da Mulher e Saúde da Criança.

Conforme dados do Núcleo de Informações em Saúde da SES, entre 2000 e 2012, o índice do Estado ficou, em média, acima de 55 óbitos maternos por cem mil nascidos vivos, registrando o mínimo em 2001, com o índice de 45,5 e o máximo em 2009, de 72,6. A redução da mortalidade materna é o quinto dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). No Brasil, a meta é reduzir de 140 mortes, registradas em 1990, para 35 mortes em cada 100 mil nascimentos.

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