Estudantes concordam em deixar Câmara do DF
Ocupação era protesto contra a eleição do governador Rogério Rosso
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Integrantes do grupo e agentes da Polícia Militar fizeram uma vistoria no imóvel para que seja feita a constatação de que não houve depredação do prédio público. A vistoria foi exigida pelos próprios estudantes. Raul Cardoso esteve à frente das negociações com as autoridades para a desocupação do prédio, que é uma obra ainda não concluída.
À tarde, quando o Tribunal de Justiça do Distrito Federal determinou a desocupação, o grupo, formado por cerca de 60 pessoas, fez uma assembleia e decidiu sair pacificamente. Cerca de 100 agentes - policiais militares e homens do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) - monitoram o edifício do lado de fora.
Em dezembro, o mesmo grupo havia invadido a sede atual da Câmara Legislativa em protesto contra o esquema de corrupção revelado pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. Segundo o inquérito da operação, comandado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), o ex-governador José Roberto Arruda seria o mentor de um esquema, conhecido como "Mensalão do DEM".
A nova sede da Câmara foi ocupada na noite de ontem - data do cinquentenário de Brasília - em protesto contra a eleição do governador Rogério Rosso, escolhido em eleição indireta pelos 24 deputados distritais, oito dos quais estão envolvidos no "mensalão". O custo da construção do prédio foi estimado em R$ 23 milhões, mas acabou sendo de quase R$ 120 milhões.