Estudantes e professores protestam contra desmanche dos museus
Grupo fez abraço simbólico em locais de cultura no Centro Histórico
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Uma das líderes do movimento, a estudante de Museologia da Ufrgs Gabriela Mattia explica que existe uma mobilização nacional em torno do tema para evitar desmanche dos museus. "O ato é muito mais pela falta de diálogo, pois a MP foi publicada no dia 11 de setembro, em resposta ao incêndio do Museu Nacional, que foi no dia 2 de setembro. Ao invés de fortalecer o Ibram, o presidente Michel Temer extingue o Ibram e usa a expressão que o ministro da Cultura falou que é 'uma janela de oportunidades'. Foi uma coisa estudada e eles utilizaram essa brecha como tipo de resposta midiática para o incêndio", afirma.
Gabriela ressalta que o Ibram foi fundado em 2009, apesar de já fazer parte da política pública nacional desde 2003. "Foi um diálogo, um processo lento, mas também desenvolvido com profissionais da área e estudiosos. E o Ibram nasceu junto com o estatuto brasileiro de museus. É um órgão que nos representa e que faz as diretrizes e a gestão e promove editais de incentivo. A Abram fica como uma incógnita para a gente, foi usada como desculpa para captar recursos, mas a gente sabe que tem outros meios de captar recursos", observa.