Estudantes tentam ocupar prédio da Famecos, na PUCRS

Estudantes tentam ocupar prédio da Famecos, na PUCRS

Manifestantes fazem ato no saguão e conseguiram entrar em uma das salas da faculdade de comunicação

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Manifestantes fazem ato no saguão e conseguiram entrar em uma das salas da faculdade de comunicação

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Dezenas de estudantes tentam, na noite desta quarta-feira, ocupar o prédio da Faculdade dos Meios de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Famecos/PUCRS), em Porto Alegre. O ato, que gerou reação dos vigilantes do Campus Ipiranga, ocorre em solidariedade a manifestações semelhantes realizadas em escolas, institutos e universidades federais, em todo o país. O principal alvo da manifestação é a PEC do Teto de Gastos proposta pelo governo federal, mas também contra o aumento das mensalidades da universidade.

De acordo com os organizadores, o objetivo é fazer um protesto pacífico. As equipes de segurança, porém, foram orientadas a exigir carteirinha para o acesso ao prédio, a partir das 21h, e a evacuar o restante do grupo depois que duas das salas foram ocupadas pelos manifestantes. Houve um princípio de tumulto e, conforme os ativistas, três pessoas foram feridas pelos seguranças, incluindo duas mulheres. Enquanto os seguranças bloqueiam a porta principal, os manifestantes fizeram uma barricada com sofás em frente ao cordão de isolamento.

A maior parte grupo se mantém no lado externo do prédio, mas alguns alunos conseguiram ocupar a sala 205, no segundo andar da instituição. No saguão, os estudantes resistem com faixas e bloqueando os acessos com cadeiras e até um sofá. Parte dos estudantes não é ligada à PUCRS, mas é oriunda de universidades federais, como a Ufrgs, que já registra 16 unidades ocupadas desde outubro. Uma negociação entre a coordenação do curso, estudantes e a Reitoria ocorria perto das 23h.

Esse é o primeiro registro de manifestação contrária à PEC em uma universidade privada de Porto Alegre. Como parte dos estudantes é bolsista, o temor é de que a PEC resulte em corte em programas sociais, como o Fies e o Pró-Uni, financiados com dinheiro público. Parte do grupo também contesta o suposto reajuste abusivo de mensalidades na universidade.


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