EUA detecta pela primeira vez bactéria resistente a antibióticos de último recurso
Variedade da E. Coli pouco afetada pela colistina gera temor de mundo "pós antibióticos"
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"É um velho antibiótico, mas era o único que restava para o que eu chamo de uma bactéria de pesadelo", afirmou o diretor dos Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, Thomas Frieden, referindo-se à família de bactérias conhecidas como Enterobactérias Resistentes a Carbapenemasas (ERC). O gene mcr-1, que causa a resistência a antibióticos também foi encontrado na China e na Europa.
Sua aparição nos Estados Unidos pela primeira vez "anuncia a emergência de bactérias totalmente resistentes aos medicamentos", relata um informe sobre essa descoberta, publicado na revista Antimicrobial Agents and Chemotherapy, da Associação Americana de Microbiologia. "Corremos o risco de nos encontrarmos em um mundo pós-antibióticos", comentou Frieden.
A colistina apareceu em 1959 para tratar de infecções causadas pelas bactérias E. coli, Salmonella e Acinetobacter. Elas podem causar pneumonias, ou graves infecções no sangue. Nos anos 1980, deixou de ser usada para o tratamento de seres humanos, devido a sua alta toxicidade para os rins, mas é um remédio de uso corrente na pecuária - especialmente na China. Voltou a ser usada, porém, como tratamento de último recurso em hospitais e clínicas, quando as bactérias começaram a desenvolver resistência a outros antibióticos mais modernos.