EUA supera as 130.000 mortes por Covid-19, em meio a alerta de transmissão aérea

EUA supera as 130.000 mortes por Covid-19, em meio a alerta de transmissão aérea

País lidera número de infectados, seguido de Brasil e Índia

AFP

Uso de máscaras ainda encontra resistências

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Os Estados Unidos, país mais atingido pela pandemia de coronavírus no mundo, superaram 130.000 mortes nesta segunda-feira, seguido do Brasil, com a Índia em terceiro lugar em número de infecções. No mesmo dia, cientistas alertaram a Organização Mundial da Saúde (OMS) que a doença pode ser transmitida por via aérea.

Apesar das tentativas em muitas partes do planeta de voltar ao normal e reativar a lenta economia global, o total de infecções excedeu a marca de 11,5 milhões, com mais de 536.000 falecimentos, desde que a Covid-19 foi reportada pela primeira vez na China no final do ano passado.

Na Europa, a famosa Mona Lisa voltou a ser admirada pelos turistas em Paris com a reabertura do Museu do Louvre, e a pandemia parece estar mais sob controle, embora na Espanha tenham sido ordenados novos fechamentos na Galícia e em uma região do interior da Catalunha devido ao surgimento de novos surtos.

No Brasil, o segundo país do mundo mais impactado pelo vírus, bares e restaurantes em São Paulo voltaram a receber clientes, em uma nova fase de reabertura após mais de cem dias de quarentena parcial. Segundo dados atualizados nesta segunda-feira, o país totalizava 65.487 óbitos e 1.623.284 casos confirmados (20.229 registrados desde o domingo).

O fim do confinamento também avança no Peru, que no fim de semana ultrapassou a marca dos 300.000 casos. No México, onde há mais de 256.000 contágios reportados, o presidente Andrés Manuel López Obrador anunciou que fará o teste do vírus antes de viajar a Washington na terça-feira, quando encontrará Donald Trump em sua primeira viagem ao exterior em 18 meses no cargo.

Alguns funcionários e governadores testaram positivo depois de entrar em contato com o chefe de Estado mexicano. Especialistas criticam o governo mexicano pela ausência de testes maciços de triagem e questionam o fato do presidente não usar máscara nos atos públicos.

O mesmo debate se dá nos Estados Unidos, que lutam para aceitar o distanciamento social e o uso de máscaras para conter a propagação da doença, enquanto alguns hospitais do país alertam que podem ficar sobrecarregados com o aumento de infecções.

As celebrações do feriado nacional de 4 de julho, durante o qual Trump se absteve de aparecer usando máscara, alegando "99%" dos casos da doença não são graves, foram ofuscadas pela crescente evidência do flagelo do pandemia no sul e no oeste do país.

Atualmente, os Estados Unidos registram dezenas de milhares de novos casos por dia, com picos de até 57.000. Na República Dominicana, as eleições presidenciais realizadas no domingo marcaram a vitória do opositor Luis Abinader, mas também supuseram uma explosão de infecções.


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