Evento celebra ano novo chinês na Praça da Alfândega

Evento celebra ano novo chinês na Praça da Alfândega

Instituto Confúcio promoveu imersão na cultura do país asiático para marcar início do Ano do Cachorro

Jessica Hübler

Evento celebra ano novo chinês na Praça da Alfândega

publicidade

A cultura chinesa invadiu a Praça da Alfândega na tarde desta sexta-feira. Pela primeira vez em cinco anos, o Instituto Confúcio realizou a cerimônia do Ano Novo Chinês no coração do Centro Histórico de Porto Alegre, em frente ao Memorial do Rio Grande do Sul. O novo ciclo assinala o Ano do Cachorro, que termina em 5 de fevereiro de 2019, influenciado pelo elemento Terra, evocando estabilidade. O evento, organizado pelo Instituto Confúcio em parceria com o Memorial do RS, iniciou às 14h e foi até as 18h. O diretor do Memorial do RS, Dilmar Portela, disse que o povo chinês gosta de multidões e que, a escolha do ambiente da Praça da Alfândega, por conta da grande movimentação, foi interessante para a cerimônia.

Com entrada gratuita, o público pôde conferir apresentações artísticas e culturais da entidade e convidados de escolas marciais, além da Dança do Leão, performance acrobática executada ao som de tambores, conforme manda a tradição. Também haviam tendas com oficinas de caligrafia, jogos chineses e cerimônia do chá.

A professora aposentada Ângela Dutra Pithan, 61 anos, contou que é apaixonada pela cultura da China. “Peguei um panfleto do Instituto e pretendo me matricular na próxima turma do mandarim, quero muito aprender”, afirmou. A advogada Fernanda Dutra Pithan, 35 anos, filha de Ângela, aproveitou a imersão na cultura oriental para participar da cerimônia do chá: “É muito bom”, garantiu.

Foto: Ricardo Giusti

De acordo com o diretor brasileiro do Instituto Confúcio, Antônio Domingos Padula, o objetivo do Instituto Confúcio, criado em 2012, é ensinar a língua e a cultura do país asiático, bem como ampliar o intercâmbio entre a China e o RS. “O povo chinês é muito místico, então o ano novo é carregado de simbolismo. É uma época para fazer grandes promessas e reunir a família”, explicou.

Padula ressaltou que, como o principal elemento da celebração é a união familiar, o ano novo na China gera um maior movimento de até 400 milhões de pessoas, que deixam os locais onde moram e trabalham, para ir à cidade natal encontrar os parentes.


Os chineses seguem o calendário lunissolar, regido pelas fases da lua e ajustados pelas estações do ano, influenciadas pelo sol. O ano novo dos chineses ocorre entre a segunda ou terceira lua nova após o solstício de inverno no Hemisfério Norte, entre 21 de janeiro e 21 de fevereiro no calendário gregoriano. Também chamado de Festival da Primavera, o evento traz bons augúrios e fartura e corresponde, em nossa cultura, à junção do Natal com o Ano Novo em uma só data. Já o Ano do Cachorro prevê maior tolerância, empatia, fidelidade e honestidade, com maior empenho de todos pelo equilíbrio. Nos pontos negativos, a tendência a fraquezas, como dificuldade de confiar em novas pessoas, menor vontade para socializar e maior dificuldade de encarar a verdade.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895