Evento da Marinha sobre desafios navais e economia azul encerra hoje em Porto Alegre

Evento da Marinha sobre desafios navais e economia azul encerra hoje em Porto Alegre

Segundo dia tem homenagens e debates com a presença do poder público e iniciativa privada

Felipe Faleiro

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Encerra nesta terça-feira a jornada “Marinha do Brasil: Mentalidade Marítima e Economia Azul”, realizada no Auditório Romildo Bolzan, na sede do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS), no Centro Histórico de Porto Alegre. O evento, promovido pela Sociedade Amigos da Marinha de Porto Alegre (Soamar), com apoio da Marinha do Brasil, em seu segundo dia, trouxe exemplos de projetos realizados no setor público, bem como na iniciativa privada, e que têm por objetivo ampliar o uso das hidrovias, bem como ampliou os debates sobre os desafios no âmbito naval.

Haverá, ainda, homenagens ao Bicentenário da Independência e da esquadra brasileira, com a participação do escritor Alcy Cheuiche. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação de Pelotas, Gilmar Bazanella, falou a respeito da política municipal para o transporte hidroviário. “A economia do mar representa, em um ano de trabalho no Brasil, quase o mesmo do agronegócio, representando cerca de 19% do PIB do país. E nós passamos de uma área extremamente degradada em nosso porto para uma grande intervenção urbanística”, comentou.

Segundo ele, os investimentos feitos na área e vias de acesso, com apoio da empresa CMPC, estão entre as maiores obras de urbanismo nos últimos tempos na cidade, também uma das mais populosas do Rio Grande do Sul. “Há uma grande potencialidade de mercado neste sentido”. O diretor-geral da CMPC no Brasil, Mauricio Harger, salientou que a empresa tem o maior investimento em ESG do Estado, o que, por si só, demonstra a importância da sustentabilidade para os negócios da companhia.

“Somos grandes usuários da hidrovia Guaíba-Lagoa dos Patos e que vai para os portos, e 91% da nossa produção é exportada. O uso das hidrovias economiza 100 mil viagens de caminhão todos os anos, e ainda voltamos com madeira via Porto de Pelotas. Somos reconhecidos pela Marinha, pelo Ministério da Infraestrutura, pelo destaque, perenidade e eficiência. O evento falou bastante de temas que nos interessam muitos, como oportunidades de desenvolvimento, crescimento e integração porto e indústria”, salientou.

De acordo com Harger, os investimentos em infraestrutura trazem desenvolvimento e um ciclo virtuoso de mais desenvolvimento, e a participação da iniciativa privada é fundamental. “O diálogo é produtivo e as empresas devem fazer parte da solução, e não do problema. Acreditamos que haverá um gargalo para nossa operação no Porto de Rio Grande, mas temos uma conversa bem produtiva junto ao poder público para que possam ser criadas alternativas e modernizar e ampliar estas operações”, afirmou o diretor-geral da CMPC.


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