Expira prazo para liberar trânsito nos arredores da Casa Azul, em Porto Alegre

Expira prazo para liberar trânsito nos arredores da Casa Azul, em Porto Alegre

Obra de estabilização sofreu atrasos por conta de chuvas, alega prefeitura

Laura Gross / Rádio Guaíba

Ameaça de desabamento obrigou bloqueios de segurança

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Expirou, em fim de outubro, o prazo inicial dado pela prefeitura de Porto Alegre para a liberação parcial do trânsito no cruzamento entre as ruas Riachuelo e Marechal Floriano, no Centro de Porto Alegre. O bloqueio, em vigor desde maio do ano passado, em função do risco de desabamento de um imóvel inventariado conhecido como Casa Azul, provoca transtornos para motoristas, moradores e comerciantes da região. O executivo explica que a sequência de chuvas atrasou o cronograma da obra de estabilização da fachada. Com isso, a expectativa é de que o fluxo seja liberado “nos próximos dias” – sem uma data exata.

Conforme a Secretaria de Mobilidade Urbana, a obra entrou em fase final de execução. A empresa executora é a Arquium Construções e Restauro Ltda., que ganhou prazo até o fim de dezembro para concluir os serviços, iniciados em abril. Em outubro, o secretário municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana, Marcelo Gazen, disse que era possível liberar o fluxo externo dois meses antes.

Desde o bloqueio, a EPTC alterou sentidos de ruas do entorno, mas o cruzamento se transformou em um gargalo para quem precisa cruzar para o lado oposto da avenida Borges de Medeiros. Nas imediações da esquina interditada, a Marechal Floriano mantém estacionamento duplo e área de carga e descarga de caminhões para abastecer um supermercado. Na Riachuelo, uma parada recebe até três lotações ao mesmo tempo. Além disso, dois contêineres de lixo atraem catadores em frente ao casarão. Não há presença de agentes de trânsito no trecho, o que complica ainda mais a situação.

A obra de estabilização da Casa Azul era orçada, de início, em aproximadamente R$ 400 mil, mas uma mudança do projeto executivo encareceu as intervenções em R$ 60 mil. A empresa, acompanhada pela fiscalização da Prefeitura, detectou dificuldade para fazer a fundação com estacas e precisou optar por blocos de concreto.

Relembre

Inicialmente, uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Estadual determinou ao Município e aos proprietários a restauração do imóvel, que é inventariado e corria risco de desabar. No fim do ano passado, um acordo judicial definiu que as obras devem ser feitas pelos proprietários, com recursos da família ainda bloqueados pela Justiça.

A recuperação em si é orçada em R$ 1,3 milhão. Após a liberação judicial, a Prefeitura vai buscar o ressarcimento dos R$ 480 mil investidos na estabilização da fachada.


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