Exposição de orquídeas em Porto Alegre reúne plantas premiadas

Exposição de orquídeas em Porto Alegre reúne plantas premiadas

Iniciativa apresenta como destaque a floração da orquídea Cattleya Labiata

Felipe Samuel

Exposição de orquídeas em Porto Alegre reúne plantas premiadas

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Aficionados por orquídeas estão tendo uma oportunidade única para conhecer belos exemplares neste fim de semana. Uma exposição organizada pelo Círculo Gaúcho de Orquidófilos, no Bourbon Country, de sábado a domingo, apresenta como destaque a floração da orquídea Cattleya Labiata. Oriunda do nordeste brasileiro, a espécie é bastante cultivada no Rio Grande do Sul e atrai produtores de todo Estado.

O presidente do Círculo Gaúcho de Orquidófilos, Luis Filipe Klein Varella, destaca que pelo menos mil pessoas visitaram os estandes. Organizador do evento, Varella explica que a planta se adaptou bem ao solo gaúcho. "Em abril, sempre fazemos exposição da Cattleya Labiata, que é um orquídea do nordeste brasileiro, mas que aqui no RS conseguiu reunir todas as condições para ser tão bem cultivada quanto lá na Bahia e Pernambuco, que é a região dela", destaca.

O local da exposição abriga onze variedades de espécies premiadas, entre Cattleya Labiata e outras espécies de orquídeas, que vão desde espécies terrestres, que habitam no chão, incluindo microorquídeas e outras orquídeas do mundo inteiro. Conforme Varella, o estado é considerado um dos melhores do Brasil para a produção da planta. Os exemplares à venda variam de R$ 10 a R$ 150.



"Promovemos este tipo de exposição três vezes por ano, de acordo com a espécie da temporada", observa. Varella explica quais são os critérios para uma planta dessa espécie ser considerada um exemplar de alto nível. "Depende da espécie, mas no caso da Cattleya, por exemplo, são duas coisas que importam: a forma, o fato dela estar bem montada, com aparência plana, e o colorido, que é bem variável, que vai desde totalmente brancas até o normal dela que é rosa. Passa pelos coloridos do labelo central, que é uma pétala modificada. O labelo é sempre o ponto principal da orquídea, então o colorido dele dá nome, muita vezes, a variedades".

Produtor de orquídeas elaboradas em laboratórios, Hélio Marodin afirma que a ideia é fazer espécies para colecionadores e aumentar a quantidade e a qualidade da matriz. "Não se pode pensar em produzir orquídeas comuns, que estão aí para vender e ninguém quer. O diferencial é fazer orquídeas para colecionadores, coisas que são melhores", avalia. Marodin comenta que as plantas também são mais baratas. "Temos plantas de laboratório a um preço muito menor do que antigamente. Há 40 anos atrás um conhecido trocou um pedaço de uma planta por um Fusca zero km. Hoje custa R$ 5, R$ 10 uma muda para começar do zero", compara.

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