Exposição de orquídeas marca retomada de eventos no Mercado Público

Exposição de orquídeas marca retomada de eventos no Mercado Público

Visitantes recebem instruções sobre o manejo mais adequado para cada tipo de orquídea

Felipe Samuel

publicidade

Plantas, workshops, comercialização de orquídeas e palestras tomaram conta de parte do Mercado Público, que recebeu nesta quinta-feira a Exposição de Orquídeas em Homenagem aos 250 de Porto Alegre. Organizada pelo Círculo Gaúcho de Orquidófilos (CGO), que montou um jardim no primeiro andar, a exposição — que se encerra neste sábado — marca a retomada de eventos e atrai presença de um público diferenciado ao local.  

Durante três dias, os visitantes receberão instruções sobre o manejo mais adequado para cada tipo de orquídea e como garantir mais tempo de vida às plantas. A presidente do CGO, Lurdes de Fátima Portela Piva, afirma que a realização da exposição marca um momento importante. “Além de ser a primeira exposição depois da pandemia, nós conseguimos realizar no Mercado Público, que era o sonho do CGO fazer a exposição aqui dentro. E a gente conseguiu com o apoio da prefeitura”, explica. 

Segundo Lurdes, a exposição serviu para apresentar as orquídeas para o público e orientar sobre o cultivo, plantio e fertilização. “Muitas vezes as pessoas compram orquídea e as orquídeas morrem porque elas não sabem como cultivar”, observa. Além de mostrar a beleza, a diversidade de cores e de formas, Lurdes explica que a ideia é ensinar como cultivar as plantas. Entre as mais destacadas está a Cattleya intermedia, que é uma espécie nativa dos estados das regiões Sul. “É a mais encontrada aqui no Rio Grande do Sul”, reforça.

Durante a exposição, oito juízes se reuniram para avaliar as plantas. “O principal quesito avaliado é a forma. O colorido a gente também julga, mas o principal é a forma”, frisa. Foram distribuídos 54 troféus aos vencedores de cada categoria. O evento contou com participação de produtores da Região Metropolitana, como Sapucaia do Sul, Novo Hamburgo, São Leopoldo, São Sebastião do Caí, entre outros. O produtor e expositor Rodrigo Luiz Pasa, que mantém um orquidário em Farroupilha, na Serra, destaca que antes da pandemia o setor estava aquecido. 

“Tanto a comercialização de vendas quanto o colecionismo. A pandemia deu uma travada geral, tanto nas vendas quanto nas exposições. A gente não podia sair, então foi repensado o mercado. Começou a entrar muitas coisas assim, como venda pela internet, venda pelo Facebook, venda de entrega de plantas. Isso aumentou muito, a diferença foi gigantesca. Então alguns orquidários se repensaram, alguns trabalharam de uma forma diferente e outros de outras formas”, avalia.

Pasa afirma que a divulgação do trabalho pelas redes sociais ganhou relevância e se transformou em ferramente fundamental para incrementar os negócios. “Tem que ter o meio de divulgação. Fazer uma exposição dessas sem um meio de divulgação fica complicado, porque tu tens que atrair público, tem que trazer o público para cá, tanto para o cara que vai vender quanto para a exposição e para quem vai mostrar o que está colecionando”, destaca. “É um outro modelo de negócio”, completa.

Do laboratório que mantém em Farroupilha, de 3 mil m2, Pasa produz em média 20 mil plantas por ano. “A gente sabe que tudo é caro, a estrutura é cara, a mão de obra é cara. A gente não consegue produzir tudo que vende hoje, porque tem ainda uma demanda que tem em São Paulo, que hoje é o principal mercado de produtor de plantas”, afirma.

 


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895