Exumado em Restinga Seca corpo de mulher que pode ter sido morta por juiz aposentado

Exumado em Restinga Seca corpo de mulher que pode ter sido morta por juiz aposentado

Após laudo, juíza pode decidir se réu vai ou não a júri popular

Samuel Vettori / Rádio Guaíba

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Foi exumado na manhã desta terça-feira e já encaminhado ao Departamento Médico Legal (DML) o corpo de Madalena Dotto Nogara, de 55 anos, assassinada em meados do ano passado, em Restinga Seca, no Centro do Estado. O suspeito da morte é o então companheiro dela, um juiz aposentado de Minas Gerais. O homem está preso. Após o resultado da análise no corpo, vai ser possível marcar o interrogatório do investigado e, na sequência, não havendo mais recursos, a juíza Juliana Tronco Cardoso decide se o caso vai ou não a júri popular.

A magistrada preferiu não estimar um prazo para a decisão sobre encaminhar o caso ou não à apreciação do corpo de jurados. A exumação foi solicitada para esclarecer em que lado da cabeça ocorreu um dos disparos que matou a vítima. As constatações da necropsia e do levantamento logo após o crime citaram regiões diferentes do crânio.

O crime ocorreu em julho passado, na residência do casal. Na manhã seguinte ao assassinato, o suspeito se envolveu em um acidente de trânsito no litoral Norte e foi preso. De acordo com a polícia, o juiz aposentado relatou que a mulher havia pedido a ele para ensiná-la a como lidar com a arma e que, em um determinado momento, apontou o revólver na direção dele. O juiz contou, então, que tomou a arma da esposa, o que provocou um primeiro tiro, supostamente acidental, mas acertou Madalena. Ele também disse que a intenção era partir para Belo Horizonte, a fim de se entregar à Justiça mineira.

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