Fabricante diz que Coronavac é segura para crianças de 3 a adolescentes de 17 anos

Fabricante diz que Coronavac é segura para crianças de 3 a adolescentes de 17 anos

Laboratório afirma que estudos realizados em vários países comprovam que vacina pode ser usada em crianças e adolescentes

R7

RS receberá 195.600 doses da Coronavac nesta quinta

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A vacina Coronavac se mostrou segura para aplicação em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos em estudos que estão sendo conduzidos na África do Sul, Chile, Malásia e Filipinas, afirmaram na terça-feira (9) o fabricante chinês, Sinovac Biotech, e o Instituto Butantan, parceiro do laboratório no Brasil.

O comunicado do Butantan ressalta que 2.140 indivíduos de seis meses a 17 anos participam dos estudos, sendo que os resultados preliminares indicam segurança a partir de 3 anos de idade. "Para os mais novos, a pesquisa continua em andamento", acrescenta o comunicado.

Ainda de acordo com o fabricante, os efeitos adversos foram mais frequentes após a primeira dose e menores depois da segunda injeção. As reações mais comuns envolveram dor no local da injeção, dor de cabeça e febre. Não foram registrados eventos graves ou inesperados.

"O estudo fornecerá uma base científica mais sólida para que os países realizem com segurança a imunização de suas crianças e adolescentes contra o SARS-CoV-2. Várias nações, incluindo Chile, Equador, El Salvador, Colômbia, Camboja e Indonésia, já aprovaram o uso de Coronavac para pessoas saudáveis na faixa de três a 17 anos. Na China, até o final de outubro mais de 110 milhões de doses da vacina do Butantan e da Sinovac foram administradas a menores de 18 anos", sublinha o Instituto Butantan.

No Brasil, a entidade pediu autorização da Anvisa para aplicação da Coronavac em pessoas a partir de 3 anos, mas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) rejeitou a solicitação por unanimidade, em 18 de agosto, alegando insuficiência de dados sobre a segurança da vacina neste grupo. Todavia, caso haja novos dados, um novo pedido pode ser encaminhado ao órgão regulador.

A Coronavac ainda não obteve o registro sanitário definitivo na Anvisa — é aplicada sob autorização temporária de uso emergencial —, o que deve excluir o imunizante do Programa Nacional de Imunizações (PNI) após o fim do período pandêmico, segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.


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